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Lesão no joelho é comum e Wesley, do Palmeiras, é mais um a sofrer

Wesley lesionou ligamento do joelho no último domingo e só voltará em 2013 (Foto: Denny Cesare/Futura Press)
Wesley lesionou ligamento do joelho no último domingo e só voltará em 2013 (Foto: Denny Cesare/Futura Press)

Assim como Wellington, do São Paulo, Wesley, do Palmeiras, também vai passar por cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho. O problema é corriqueiro em atletas, mais comum do que no cruzado posterior (ligado a trauma direto).

Principalmente no do são-paulino, a lesão ocorreu sem choque, o que é comum nesses casos. São decorrentes de mudar bruscamente de direção, pisar em buraco no campo ou prender o pé no gramado. Wesley, depois de uma pancada, deixou o campo em lance isolado, pouco tempo depois.

Indelicato & Bittar, no livro “Ciência do Futebol”, relata: “em 100 pacientes estudados, portadores de lesão do LCA, a incidência de associação com lesões meniscais foi de 77% nos casos agudos, enquanto nos crônicos chegou a 91%.” Feagin e Sherman “concordam que existe alta incidência de alterações degenerativas em pacientes portadores de lesões crônicas de LCA. Entretanto, discute-se se essas alterações devem-se apenas ao grau de insuficiência ligamentar ou à associação com lesões meniscais e/ou condrais.”

Com a cirurgia, elimina-se a instabilidade, substituindo o ligamento por enxerto. No caso de Wellington, já na segunda operação, teve o próprio enxerto rompido. Segundo Rene Abadalla, responsável pelo procedimento, só oito em cada 200 casos por ano (média em 12 meses) são semelhantes.

O retorno é demorado (seis a oito meses) porque a operação é delicada. Além da cirurgia, o tratamento demanda cuidado. O jogador precisa fortalecer bem o local, seus entornos e os ligamentos próximos. Por isso os dois, principalmente Wesley, só estarão aptos em 2013. Psicologicamente também existe problema. Alguns atletas demoram mais do que os outros para readquirir confiança, o que limita em certos movimentos. Por isso o departamento médico é ponderado ao falar desses casos.

Em levantamento do ortopedista Moisés Cohen, em uma análise dos prontuários médicos de oito clubes profissionais, junto a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp):

– Choque entre jogadores (contusões): 24,1%,

– Lesões musculares: 39,2%

– Torsões: 17,9%

– Tendinites: 13,4%

– Membros inferiores: 72,2%: divididos entre coxa (34,5%), tornozelo (17,6%) e joelho (11,8%).

[author] [author_image timthumb=’on’]http://www.guairanews.com/wp-content/uploads/2012/03/Saraceni.jpg[/author_image] [author_info]GABRIEL SARACENI – Bacharel em Esporte pela USP desde 2005, tem 29 anos e se formou também em Jornalismo em julho de 2010, pela UNIP. Neste espaço, vai abordar temas relacionados à ciência das modalidades, como tipos de treinamento, preparação física, nutrição, fisiologia e suas ramificações. Um pouco de teoria sobre o esporte não faz mal a ninguém. Twitter: @gabrielsaraceni[/author_info] [/author]

fonte: Raio X do Esporte