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Preços mais caros nos supermercados em janeiro

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Segundo dados da APAS, preço foi impactado principalmente pelos produtos in natura. Batata chegou a subir 60,34%

Segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, os preços nos supermercados de São Paulo aumentaram 1,25% em janeiro em comparação com o mesmo período de 2014 e a inflação já acumula 7,80%.

Mais uma vez o aumento esteve relacionado, principalmente, à alta dos produtos in natura (9,20%). Os destaques foram as categorias dos tubérculos, que incluem entre outros itens, a batata (60,34%) e a cebola (16,68%).

Frutas, legumes e verduras também ficaram mais caros (15,96%), o que está associado a fatores como o clima, estiagem prolongada, somada à elevação da energia, necessidade de irrigação e custos de transporte.

A título de comparação com 2014, a inflação em 12 meses foi de 2,70%, o que evidencia que ao longo do ano ela esteve elevada. Entre os motivos apontados estão desde pressão sobre os custos de produção até menor disponibilidade interna de alguns produtos, seja por redução de oferta ou aumento da demanda.

OUTROS PRODUTOS

Os preços dos semielaborados (carnes, leite e cereais) subiram 0,62%. Entre os destaques estão a carne bovina (1,30%), pescados (1,56%), cereais (6,04%) e o feijão (19,59%).

Segundo a APAS, com relação às carnes, os fatores que explicam isso continuam sendo a estiagem prolongada e o aumento da quantidade de carnes exportadas, que afeta a disponibilidade do produto no mercado interno. No caso do pescado, o maior consumo e a proximidade da Páscoa também já impactam os preços.

A alta do feijão está relacionada ao período de entressafra em que se encontra a produção neste período do ano, o que reduz a oferta e disponibilidade do produto no mercado.

Os produtos industrializados tiveram ligeiro crescimento nos preços, com variação de 0,11%, o que esteve relacionado ao acréscimo nos preços de derivados de carnes (0,28%) e panificados (0,72%).

Vale destacar que as quedas nos preços de alguns produtos contribuíram para maior estabilidade do segmento, como é o caso da variação negativa verificada nos derivados do leite (-0,73%).

Na categoria bebidas alcoólicas a variação foi de 0,88%, reflexo da elevação do preço da cerveja em 1,03%. Já as bebidas não alcoólicas registram alta de 1,31%, diante da queda, principalmente, nos preços de refrigerante (1,00%).

Os produtos de limpeza subiram 0,26%. Os custos do sabão em pó chegaram a 0,87% e os do desinfetante tiveram queda de 0,71%.

Os produtos de higiene e beleza alcançaram 0,92% impactados pelo aumento nos preços do sabonete (0,63%).

Em janeiro as variações negativas estiveram presentes em 34,09% dos itens, de acordo com o índice de difusão (proporção das variações de preços negativas), ficando abaixo da média, que é de 42,91%.

Na avaliação desde a criação do Plano Real, em 1994, o IPS/APAS apresenta variação acumulada de 170,16%, o IPCA/IBGE (São Paulo) – Alimentos e Bebidas apresenta alta de, aproximadamente 349,85%, já o IPCA/IBGE (Brasil) – Alimentos e Bebidas aumentou 365,68%, o IPC-FIPE subiu 284,20% e o IPA/FGV teve variação de 522,65%.

PRODUTOS

DESTAQUES

VARIAÇÃO

EM 12 MESES

Semielaborados

(Carnes, Leite e Cereais)

0,62%

–  Carnes Bovinas 1,30%

–  Pescados 1,56%

–  Cereais 6,04%

–  Feijão 19,59%

8,82%

Industrializados

0,11%

–  Derivados de Carne 0,28%

–  Panificados 0,72%

–  Derivados do leite (queda de 0,73%)

5,07%

Bebidas alcoólicas

0,88%

–  Cerveja 1,03%

8,96%

Bebidas não alcoólicas

1,31%

–  Refrigerante 1,00%

8,21%

Produtos de limpeza

0,26%

–  Sabão em pó 0,87%

–  Desinfetante (queda de 0,71%)

8,96%

Higiene e beleza

0,92%

–  Sabonete 0,63%

7,84%

Sobre a APAS- A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade conta com 1.299 mil associados, que somam cerca de 3 mil lojas.