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Dia Mundial do Orgasmo: mitos e verdades sobre o prazer sexual feminino

Especialista esclarece dúvidas frequentes das mulheres

Foto: https://letstalksex.net/free-erotic-photos/

A saúde e o bem-estar da mulher estão intimamente relacionados a sua vivência sexual. Como no dia 31 de julho comemora-se o Dia Mundial do Orgasmo, a uroginecologista e coordenadora do programa Fellowship em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva do Hospital Beneficência Portuguesa, Dra Débora Oriá, explica mitos e verdades sobre sexo e prazer feminino.

Existem dias específicos do mês que fica mais fácil alcançar o orgasmo

Sim, existem! O prazer sexual e a probabilidade de se atingir o orgasmo dependem diretamente da proporção de libido. Durante os 15 primeiros dias do ciclo menstrual os níveis de testosterona no organismo da mulher ficam mais altos, o que aumenta esse desejo sexual, facilitando o orgasmo.

Ejaculação feminina não existe

Mito. Apesar de não ser tão comum, a ejaculação feminina existe sim e a mulher pode até se confundir, achando que fez xixi durante a relação sexual. Isso acontece quando o orgasmo é muito intenso e o corpo acaba liberando uma quantidade de líquido durante a sensação.

Usar camisinha dificulta o orgasmo feminino

Mito. O que acontece é justamente ao contrário! Como a mulher demora mais do que o homem para atingir o orgasmo, a camisinha pode contribuir para retardar a ejaculação masculina e assim, permitir que a mulher tenha mais tempo para chegar ao prazer, aumentando as chances de o casal gozar junto.

Existem mulheres que só conseguem chegar ao orgasmo com estimulação do clitóris

Verdade. Isso porque o orgasmo não depende da penetração para acontecer, mas sim de estímulos de prazer suficientes para chegar ao ápice. Então, é comum que muitas mulheres precisem de estímulos no clitóris para atingir o orgasmo. Isso não significa nenhum tipo de distúrbio ou problema, é apenas uma particularidade.

O orgasmo alivia dores

Verdade. Quando acontece um orgasmo o corpo fica totalmente relaxado, liberando ocitocina na corrente sanguínea. Esse hormônio, além de gerar felicidade, funciona como um analgésico natural, aliviando dores de cabeça, menstruais, reumáticas e até de artrites, melhorando o sono e reduzindo o estresse.

Um orgasmo intenso precisa de preliminares mais longas

Mito. A intensidade do orgasmo não está relacionada ao tempo de duração das preliminares, mas sim, exclusivamente, à quantidade de excitação da mulher. Então, não existe uma regra sobre a duração das preliminares. O que a paciente precisa entender é que o prazer sexual depende de estímulos físicos e emocionais.

A grande verdade quando falamos sobre sexo e prazer feminino é que estamos tratando de saúde. Entre alguns benefícios podemos citar a melhora da qualidade do sono, da saúde cardiovascular, do aumento da imunidade e da autoestima, entre muitos outros. Então, sempre recomendo as pacientes que façam sexo com responsabilidade, usando preservativos e cuidando da saúde íntima regularmente, sem deixar de perceber os estímulos que farão diferença na hora H.

Sobre a especialista:

Dra Débora Oriá se especializou em Cirurgia Ginecologia e Uroginecologia no Hospital das Clínicas (USP). Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, coordenadora do programa Fellowship em Cirurgia Ginecologia Minimamente Invasiva do Hospital Beneficência Portuguesa, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista. @dradeboraoria