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Casos de Monkeypox aumentam e isolamento durante a fase de transmissibilidade é fundamental para evitar disseminação

Em geral, o tratamento é realizado em ambiente domiciliar, com o controle dos sintomas

Desde o primeiro caso confirmado de Monkeypox, o número de pessoas contaminadas aumentou diariamente em todo o mundo. Ainda que, atualmente, o Brasil seja o sexto país com mais casos, registrando 2.893 confirmados até o dia 15 de agosto – atrás apenas de Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Reino Unido e França, o risco de complicações que podem levar à hospitalização é baixo. Há descrição de que 5 a 10% das pessoas podem precisar de internação para controlar os sintomas ou formas graves.

“Apesar de a doença não evoluir na maioria dos casos, imunodeprimidos, gestantes e crianças menores de oito anos têm maior propensão de desenvolver formas mais graves, que incluem pneumonite, encefalite, infecções nos olhos ou mais de 100 lesões na pele. No entanto, a letalidade da Monkeypox relatada no surto atual parece inferior a 1%, mas são necessários mais dados para conclusões definitivas” explica a Dra. Daniela Bergamasco, infectologista do Hcor.

As principais manifestações são febre, dor no corpo, aumento de gânglios e/ou aparecimento de lesões na pele ou nas mucosas da boca e na região anal ou dos genitais. “Chamam a atenção no surto atual casos com poucas lesões. As lesões progridem, no geral, dentro de 2 semanas. Apenas após a queda das crostas e a recuperação total da pele onde estavam é que o paciente deixa de infectar outras pessoas, o que ocorre entre 2 e 4 semanas, em média. De modo geral, na maioria dos casos, não há indicação de terapia específica, apenas cuidados com as lesões e medicamentos para controle de sintomas como dor e febre”, ressalta a especialista.

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato próximo ou íntimo com lesões ativas, mas também pode acontecer por gotículas respiratórias. Para evitar a disseminação da doença, o paciente recebe orientações sobre os cuidados. “É indicado o isolamento domiciliar e social, não compartilhar itens potencialmente contaminados, como copos, talheres, vestuário, toalha e roupa de cama. As superfícies e objetos tocados devem ser rotineiramente limpos. Se, realmente, houver necessidade de manter contato próximo, como ao buscar assistência médica, é preciso utilizar roupas que cubram todas as lesões e máscara cirúrgica cobrindo adequadamente a boca e o nariz”, informa. A infectologista destaca que qualquer mamífero pode ser infectado pela Monkeypox, portanto, é preciso também evitar o contato com animais de estimação.

Mesmo após a plena recuperação das lesões, ainda é preciso ter cuidado. “Como algumas evidências apontam para a possibilidade de isolamento do vírus a partir do sêmen e das secreções dos órgãos sexuais, por precaução, as pessoas que já saíram do isolamento devem manter o uso do preservativo por 12 semanas”, reforça a Dra. Daniela.

Quando procurar atendimento médico?

Sempre que houver sinais e sintomas da doença, para realizar o diagnóstico adequado e seguir com as orientações específicas.

Quando procurar o pronto-atendimento?

Se houver agravamento dos sintomas, com febre persistente, saída de secreção purulenta das lesões e alteração no nível de consciência, por exemplo.

Como é o diagnóstico?

São realizadas coletas de amostras das lesões com o uso de swab ou das crostas por profissional da saúde. Havendo suspeita, o paciente precisa manter o isolamento social.

Haverá vacina para prevenir a Monkeypox?

Atualmente, pelo menos duas vacinas contra varíola estão disponíveis em alguns países. Porém, apenas uma (MVA-BN) foi aprovada para aplicação específica contra Monkeypox. Com base nos riscos e benefícios, até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a imunização em massa.

O plano nacional de contingência contra a Monkeypox disponibilizado pelo Ministério da Saúde do Brasil aponta que, quando estiver disponível no país, a vacina será recomendada para pessoas expostas a casos sem proteção (profilaxia pós-exposição) e, preventivamente, para grupos de maior risco, como profissionais de laboratório que trabalham com o vírus, entre outros.

Sobre o Hcor

O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.

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