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Nutricionista desvenda os 3 maiores mitos do emagrecimento

Metabolismo lento, restrição calórica e zerar carboidratos: qual a verdade sobre esses temas?

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No universo fitness, informações desencontradas e mitos podem confundir quem busca um caminho saudável para perder peso e comprometer todo o processo de emagrecimento. O professor Carlos Eduardo Haluch, nutricionista especializado em emagrecimento da Growth Supplements, explica a verdade por trás dos mitos mais repetidos nas redes sociais e nas rodas de conversa sobre o assunto.

Um dos maiores equívocos, segundo Haluch, é acreditar que a estagnação na perda de peso é resultado direto de um metabolismo que se tornou lento. “Embora seja verdade que a taxa metabólica diminua com a perda de peso, essa redução em si não é o que impede o emagrecimento”, explica. A principal razão pela qual as pessoas deixam de perder peso, conforme apontam as evidências científicas, é a dificuldade em manter a adesão a uma dieta a longo prazo, e não uma suposta lentidão do metabolismo.

Para manter a adesão à dieta, o especialista em emagrecimento cita algumas estratégias. “Mantenha a prática diária de exercícios, monitore o peso toda semana e tenha consistência na rotina de dieta e exercícios, mantendo um padrão regular de refeições, mesmo nos finais de semana e feriados”, enumera.

Zerar ou não os carboidratos?

O segundo mito derrubado pelo especialista é a ideia de que é preciso eliminar os carboidratos para emagrecer. “Estudos científicos mostram que dietas low carb não possuem vantagens significativas em termos de perda de gordura quando comparadas a dietas que incluem uma maior quantidade de carboidratos”, conta.

Segundo Haluch, o que realmente importa é a qualidade dos carboidratos que consumimos. “Por isso é importante priorizar o consumo de alimentos ricos em fibras, frutas, vegetais, grãos integrais, e reduzir o consumo de alimentos ricos em açúcares (doces, refrigerantes, biscoitos) e grãos refinados (farinha branca)”, ensina.

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Restrição e metabolismo

A terceira crença repetida à exaustão na internet é a de que uma dieta extremamente baixa em calorias pode deixar o metabolismo mais lento. Haluch diz que a perda de peso resulta em uma redução do metabolismo, mas isso não significa que restrições calóricas severas sejam prejudiciais. “Para indivíduos com obesidade, uma redução maior na ingestão calórica pode ser recomendada, pois favorece maior perda de gordura e prediz maior sucesso no longo prazo. Para pessoas sem obesidade, esse tipo de restrição calórica mais agressiva não deve ser recomendado, pois pode favorecer um maior catabolismo muscular, que é a perda de músculos, em vez de apenas gordura”, afirma o especialista.

O professor explica que o caminho para um emagrecimento saudável está em compreender e aplicar os princípios corretos, em vez de seguir mitos e soluções mágicas que prometem resultados rápidos para todos. Não há segredo, é preciso ter constância em uma rotina saudável que inclua uma dieta controlada e a prática diária de exercícios físicos. “Um bom caminho é buscar ajuda profissional para montar um plano de emagrecimento adequado à realidade de cada um, levando em consideração a rotina, os hábitos e os objetivos”, completa o especialista em emagrecimento.