Para os puristas, o F. C. Barcelona, o melhor time de futebol do mundo, “vendeu a alma”.
Para os pragmáticos, assinou o maior contrato de patrocínio da história de futebol — 100 milhões de euros (algo como 310 milhões de reais) por três temporadas com a Qatar Airways, companhia aérea do emirado que já figurava nas camisetas do clube por meio da Fundação Qatar, mantida pelo governo árabe para apoiar a educação e a pesquisa científica.
O Barça se orgulhava, até o começo da gestão do atual presidente, Sandro Rosell, em meados de 2010, de ser o único grande clube de futebol do mundo sem patrocínio na camiseta. Pelo contrário, divulgava, com seu prestígio, o braço das Nações Unidas para amparo à criança, o Unicef.
A aparição da Qatar Foundation na camiseta já implicou em inchar os cofres do Barça. O contrato com a linha aérea, assinado no dia 27 passado, prevê bem mais do que isso: o nome da Qatar Airways também estará presente na sacrossanta fachada do Camp Nou, estádio do Barça, e em seus assentos, além de ter um espaço no Museu do clube, o local mais visitado por turistas da cidade de Barcelona.
O Barça receberá os 100 milhões de euros em três parcelas: 30 milhões na atual temporada (2013-2014), 32 milhões na seguinte e 33,5 milhões na terceira.