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Familiar com COVID-19: e agora?

Em um cenário de isolamento social e prevenção à pandemia de COVID-19, ter um familiar atingido pela doença pode ser bastante assustador. Porém, para tratá-lo da forma adequada e não colocar em risco o restante da família, é preciso ter calma e adotar alguns cuidados importantes.

Além dos hábitos que já se tornaram parte do cotidiano, como lavar bem as mãos, colocar o cotovelo na frente do nariz e da boca ao espirrar e manter distância de, no mínimo, 1 metro de alguém com possível infecção, outras precauções devem ser tomadas.

Levando em consideração que o período de isolamento do paciente dura em média 14 dias a partir do início dos sintomas, serão duas semanas de atenção redobrada à casa e aos familiares. De acordo com a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), uma dica importante é manter as janelas abertas para a circulação do ar, além de proibir visitas e a livre circulação do doente pelas áreas comuns. Caso haja um cuidador, este deve estar sempre munido de luvas e máscara cirúrgica no momento do contato.

No caso das mulheres que estão amamentando, o uso da máscara e higienização das mãos é imprescindível. A SOGESP sugere ainda a ordenha do leite a ser oferecido ao bebê em algumas mamadas. A ajuda de outra pessoa na limpeza dos objetos utilizados durante esse processo é bem-vinda.

Já pensando no ambiente caseiro, algumas adaptações são necessárias. O principal é manter uma distância de pelo menos 2 metros do infectado. Se houver apenas um quarto, este deverá ser destinado ao paciente, enquanto os demais moradores utilizam os outros cômodos. Sofá e móveis que não permitem limpeza não devem ser compartilhados, já o restante da mobília precisa ser higienizada com álcool 70%.

No banheiro, utensílios como sabonete, toalhas e escova de dentes devem ser de uso pessoal. Após utilizar a privada, o paciente deve dar descarga com a tampa fechada e limpar as superfícies com água sanitária ou álcool 70%. A SOGESP recomenda, inclusive, uma limpeza completa com desinfetante pelo menos uma vez ao dia. Já na cozinha, a regra para o não compartilhamento de utensílios permanece. Se o paciente for quem cozinha, deve usar máscaras.

No quarto de isolamento, por fim, a porta deve permanecer fechada e as janelas abertas. O próprio paciente deve trocar a roupa de cama e banho, colocando dentro de um saco plástico e enviando direto para a lavagem. Caso alguém precise transitar pelo cômodo, deve usar máscara e fazer a limpeza imediata das mãos e das roupas quando sair. Luvas e máscaras devem ser descartadas após cada uso