Região tem registrado variação no índice UV entre 8 e 10 – considerados “muito altos”
Céu claro, sem nuvens e muito calor. Mesmo no inverno, a região tem passado por dias de temperatura elevada e alta incidência de raios ultravioleta – que é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pele.
Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), na segunda semana do mês de setembro, a região de Ribeirão Preto terá a variação no índice UV entre 8 e 10 – considerados “Muito Altos” – na escala que é medida proporcionalmente à intensidade de radiação UV que chega até a superfície da Terra e pode causar queimaduras na pele.
“A radiação ultravioleta do sol – conhecida como raio UV – é a principal vilã no câncer de pele. A exposição por longos períodos de tempo durante o dia sem nenhuma proteção é considerada um fator de risco preocupante em qualquer época do ano”, afirma Diocésio Andrade, oncologista e diretor técnico do InORP Oncoclínicas.
Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, para o triênio (2020 – 2022) são estimados mais de 185 mil novos casos somando os dois tipos: melanoma e não-melanoma.
O mais comum deles, o Não-Melanoma, é responsável pelo maior número de casos e é o tipo mais frequente no Brasil. Cerca de 30% deles são tumores malignos, porém, possui altos índices de cura quando detectados precocemente. Já o Melanoma é o tipo mais grave da doença – por sua grande possibilidade de metástase – podendo aparecer em qualquer parte do corpo e representando 3% dos tipos malignos.
O oncologista destaca que a exposição prolongada e repetida ao sol, é um risco. “Além disso, ter a pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino, ou possuir histórico familiar, também figuram como fatores que contribuem para o aparecimento”, acrescenta.
Para a prevenção é essencial usar o protetor solar diariamente, idealmente fator 30. Se for a alguma área de lazer, piscina ou praia é importante a reaplicação a cada duas horas – especialmente em bebês acima de 6 meses e crianças e em contato com a água. Antes dos 6 meses de idade, os bebês devem ser mantidos fora do sol usando roupas, chapéus e toda proteção possível. Também é importante evitar a exposição em períodos críticos como entre 10h e 16h mesmo nesta época do ano.
“É necessário ficar alerta ao surgimento de alguma pinta nova ou mudança no aspecto de alguma pré-existente como aumento de tamanho, variação de cor, perda da definição de bordas ou ainda quando as bordas ficam irregulares ou até mesmo quando ocorrem sangramentos. Ao primeiro sinal de mudança, é preciso consultar logo um especialista para avaliação. Se identificado na fase inicial, o câncer de pele tem excelentes respostas aos tratamentos existentes e com altos índices de cura”, reforça Diocésio Andrade.