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Especialista explica como o hábito de fofocar pode impactar em transtornos psicológicos

Psicóloga da Anhanguera afirma que a empatia pode ser o termômetro para saber se um comentário pode impactar de forma negativa ou não

Falsos rumores em grande proporção podem provocar crises de ansiedade e depressão

Mexerico, tititi ou o ‘fuxico’, do próprio linguajar popular, são sinônimos do ato de fofocar. Esse hábito, característico em várias culturas, consiste no ato de compartilhar uma informação privada de alguém, com uma ou mais pessoas, pelo simples prazer de tornar público algo que deveria ser particular. No entanto, ainda que visto como corriqueiro e inofensivo, a fofoca mal-intencionada esclarece os impactos prejudiciais de indelicadezas sociais e o comportamento relacionado ao amadurecimento do indivíduo, o que pode resultar em prejuízos aos envolvidos, inclusive, de caráter psicológico.

Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professora Elaine Cristina Parrela da Silva, o termo não é abordado na área de estudo de forma direta, mas é percebido diversas vezes nas relações sociais, agravando o desempenho na vida social. “A fofoca pode parecer inofensiva e conversas descontraídas são saudáveis em círculos de amizades, mas quando o caso toma grandes proporções, como rumores que se tornam em bullying físico e verbal, os efeitos são sérios”, afirma a professora.

A especialista explica que existe diferença entre a fofoca maliciosa, quando há a intenção de causar desconforto ou dor no outro, e aquela em que não há malícia percebida, podendo ser considerada como um desabafo ou uma maneira de estreitar suas relações, sem intenção de machucar outras pessoas. No entanto, alerta que, mesmo no segundo caso, é preciso cuidado. “Às vezes, pode faltar autocrítica para avaliar o tom próprio do discurso e uma informação que pode soar sem importância acaba por gerar um desconforto emocional enorme e até despertar transtornos psicológicos”, afirma.

De acordo com a docente, ainda que a primeira reação de uma pessoa seja aparentemente positiva ao ouvir uma fofoca sobre si mesma, os sinais podem não corresponder ao sentimento real. “Não é porque a pessoa atingida riu ou não esboçou estar com raiva que ela, de fato, não foi afetada. A primeira reação nem sempre reflete os verdadeiros sentimentos do indivíduo, que ainda irá entender suas emoções frente à situação”, explica.

A professora pontua sobre como uma fofoca pode ser prejudicial em casos de depressão. “Qualquer comentário sem embasamento com a verdade e que desrespeite a dignidade humana tem impacto negativo na vida da vítima, que pode até recorrer a meios drásticos para lidar com a situação. É importante praticar o acolhimento e ter empatia pelo próximo”, aconselha.

Por via das dúvidas, para evitar um desconforto ou situação pior, ainda que sem intensão, a professora indica a prática do senso de humanidade. “Quando falamos de transtornos psicológicos que possam ser atravessados por boatos, rumores e fofocas, o ideal é tentar nos colocar no lugar do outro e perceber se vale a pena continuar espalhando e engajando informações nocivas” finaliza.

Sobre a Anhanguera

Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância.

Presente em todos os estados brasileiros, a Anhanguera presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.

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