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É possível tratar Síndrome Dolorosa Miofascial sem remédio? 

O termo dor miofascial é utilizado para descrever uma condição dolorosa da estrutura muscular (fibras e seu entorno) na qual encontramos pontos de tensão e pequenos nódulos hipersensíveis, que são chamados de pontos gatilhos.

Ela pode acontecer de forma aguda e crônica, podendo ser isolada ou combinada com outras síndromes dolorosas. Afeta principalmente os braços, pernas, ombros e regiões da cervical e lombar.

As crises da síndrome dolorosa miofascial (SDM) se dão por diferentes fatores em diferentes pessoas, mas de forma geral, são condições que levam a pessoa a contrair, a tensionar demais e por longos períodos, os seus músculos. Essa condição leva a um processo inflamatório local, o que gera cada vez mais dor e sensibilização.

Essas condições podem estar relacionadas a vícios posturais no trabalho, em atividades físicas, traumas e até em virtude de stress e ansiedade.

Diagnóstico da Síndrome Dolorosa Miofascial

O diagnóstico da síndrome dolorosa miofascial (SDM) é clínico e tem como base o histórico do paciente e um exame físico bem detalhado, realizado essencialmente para a identificação ao toque dos pontos de gatilho.

“O diagnóstico por um profissional especializado é importante para a correta condução do quadro, que em casos de cronicidade impactam de forma importante a funcionalidade e o bem-estar do indivíduo”, relata a médica anestesiologista, especialista em dor pela Associação Médica Brasileira (AMB) e diretora da Clínica Enlevo de São José dos Campos, Dra. Atsuko Nakagami Cetl.

Formas de tratamento da SDM

Com o objetivo de controlar a dor, o tratamento da SDM deve ser multidisciplinar, contemplando profissional médico, fisioterapeuta e um psicoterapeuta.

Além de medicações analgésicas (orais e injetáveis) e de relaxamento muscular, as terapias físicas atuam na manobra do paciente para alongar, desbloquear e dessensibilizar os pontos dolorosos e os membros que se contraem em sua função.

“Além das medicações e fisioterapia, procedimentos minimamente invasivos ou não invasivos somam ao tratamento, ajudando a reduzir o volume de remédios e seus efeitos adversos. São eles: laserterapia, realizado com aparelho manual que gera efeito anti-inflamatório e analgésico no local, e o agulhamento a seco, técnica que utiliza agulhas especiais e finas para o atingimento dos pontos gatilhos de dores musculares”. Explica Dra. Atsuko Nakagami.

Após a melhora do quadro doloroso, recomenda-se a manutenção constante de atividades preventivas especialmente direcionadas à atenção e fortalecimento postural e manejo de condições de stress emocional.