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Incontinência urinária feminina: saiba as principais causas e o tratamento adequado

Mesmo atingindo cerca de 40% das mulheres brasileiras, o assunto ainda é tabu para a maioria delas

No dia 8 de março é celebrado o “Dia Internacional da Mulher”, data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970 para simbolizar a luta histórica das mulheres para terem suas condições iguais às dos homens. E, aproveitando esse dia tão importante para as mulheres, nada melhor que trazer para elas um alerta de cuidado e atenção com a saúde: a incontinência urinária feminina.

A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária da urina pela uretra, quando a pessoa não consegue obter um controle da bexiga, variando de uma ligeira perda de urina após espirrar, tossir ou rir até a total incapacidade de controlar a micção. Mais frequente no público feminino, o distúrbio pode afetar qualquer faixa etária e possui diversas causas: hormonais, tabagismo, obesidade etc.

Perder xixi nunca é normal em nenhuma fase da vida, mesmo após a menopausa e na terceira idade. Quando os músculos que envolvem a bacia e o quadril, chamado de assoalho pélvico, perdem a função de sustentar os órgãos pélvicos (bexiga, útero, ovário e intestino) ele pode causar a incontinência urinária, que é toda perda de urina”, explica Marta Lira, enfermeira estomaterapeuta com foco em incontinência na clínica ConvaCare.

De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Kimberly-Clark, por meio de sua marca de cuidados femininos, Intimus, no final de 2022, a condição atinge cerca de 40% das mulheres brasileiras. O estudo aponta, ainda, que mais de 80% das mulheres não falam sobre o assunto por vergonha e insegurança.  

Causas da incontinência urinária nas mulheres

  • Menopausa: Devido às mudanças hormonais e metabólicas neste período, todas as mulheres passam por alterações no corpo que podem ocasionar condições relacionadas à saúde e à qualidade de vida, entre elas está a IU;
  • Gestantes e pós-parto: A fase gestacional vem com muitas alterações hormonais e físicas, nas quais a mulher enfrenta durante o período pré-natal e que precisa de atenção especializada de uma equipe multidisciplinar para que seja evitado danos ao corpo feminimo devido a falta do preparo que essa futura mãe possa ter. E partos normais e naturais também podem ocasionar incontinência por esforço;
  • Obesidade: Essa causa pode aumentar as chances de desenvolvimento da incontinência urinária, isso ocorre devido à mudança geral no mecanismo do trato urinário, causada pelo aumento da pressão sobre a bexiga e a uretra, o que enfraquece a musculatura do assoalho pélvico, causando a perda de urina.;
  • Tabagismo: O ato de fumar afeta a função nervosa da bexiga, pois os componentes do tabaco irritam a bexiga, podendo provocar incontinência de urgência. A nicotina estimula o músculo detrusor, cuja contração provoca a expulsão da urina;
  • Diabetes: A doença pode causar lesões dos nervos periféricos e a função miccional depende de um órgão muscular – a bexiga. Se o diabetes estiver associado à obesidade, a condição pode provocar mais perda de urina.

Tipos de incontinência

  • IU por esforço: ocorre quando uma pressão é transmitida à bexiga por um esforço abdominal. Esse tipo de esforço pode ser algo bastante comum, como por exemplo, ao tossir, espirrar, fazer exercícios, dar risada, correr, etc. Nas mulheres, lesões dos nervos durante o parto também podem ocasionar este tipo de IU;
  • IU por urgência: também conhecida como incontinência urinária por bexiga hiperativa, ocorre quando a urgência de urinar é muito forte, e muitas vezes, a paciente não consegue chegar até o banheiro;
  • IU mista: associa a incontinência de esforço e a incontinência de urgência. Sua principal característica é a impossibilidade de controlar a perda involuntária de xixi pela uretra, a diferença é que esse escape pode pode ser causado tanto por esforços como por urgência, não chegando ao banheiro a tempo.

Tratamento

Marta explica que a condição possui tratamento: ”Com apoio de novas tecnologias, o problema tem solução. Por isso, é feita uma avaliação e indicado o melhor tratamento para cada caso, devolvendo a função desses músculos. É importante dizer que o problema existe mas, que tem solução”, comenta.

  • Avaliação dos músculos do assoalho pélvico por especialista;
  • Diário miccional (trata-se de um diário de 1 a 3 dias onde o paciente registra toda a ingesta de líquidos, quantifica volume da urina espontânea e as perdas);
  • Treinamento muscular específico para cada tipo de IU (fortalecimento ou relaxamento, o paciente aprende a identificação da musculatura correta);
  • Treinamento para mudanças comportamentais que inclui hábitos de ingesta de líquidos, alimentos e bebidas potencialmente irritantes para a bexiga urinária, manejo da constipação e hábitos sanitários;
  • Programa para gestantes: possui um treinamento muscular de todo o corpo e dos músculos pélvicos, tem papel fundamental no pré e pós-parto, fortalecendo ou trabalhando o relaxamento para atingir uma melhor mecânica de expulsão durante o trabalho de parto, evitando assim traumas perineais.

Sobre a ConvaCare

A ConvaCare é um centro internacional de excelência no tratamento e reabilitação de pessoas com feridas, estomias e incontinência urinária. A rede Convacare possui 10 anos de experiência na América Latina, adquirida na atuação de suas oito clínicas, tendo realizado mais de 2 k atendimentos com uma gama de benefícios clínicos e econômicos, incluindo a prevenção de infecções, proteção de uma pele em risco, melhora dos resultados de pacientes e redução dos custos totais de tratamento. . No Brasil, a clínica matriz está localizada na zona sul da capital paulista, que foi a primeira de um projeto de expansão que já possui uma filial em Belo Horizonte, ainda, há a implantação de cinco clínicas no país nos próximos 3 anos. Saiba mais em: https://clinicaconvacare.com.br.