Pular para o conteúdo

O trabalho de agricultoras da Amazônia gera insumos sustentáveis para o país

O trabalho de agricultoras da Amazônia gera insumos sustentáveis para o país

O cultivo sustentável da palma de óleo, planta também conhecida como dendezeiro, tem mudado a realidade de cerca de mil trabalhadoras da região Norte brasileira. É nesta região que a Brasil BioFuels (Grupo BBF), produtora de óleo de palma, possui ativos nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

O Grupo BBF atua na cadeia produtiva da palma de óleo, do cultivo sustentável da planta ao processamento do fruto para a extração do óleo, utilizado na produção de biocombustíveis para geração de energia elétrica limpa e até mesmo na geração de insumos renováveis utilizados nas formulações de produtos cosméticos.

A cultura da palma de óleo é perene e não pode ser mecanizado, fixando a mão de obra no campo. Além disso, o Brasil é referência global no cultivo sustentável desta oleaginosa e possui uma das legislações mais severas do mundo. A planta só pode ser cultivada em áreas degradadas até 2007, respeitando o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo, decreto 7.172 do Governo Federal de 2010.

Tudo começa com o plantio das sementes da palma de óleo, no pré-viveiro, plantada pelas mãos de dezenas de agricultoras da BBF. Cuidadas em seus primeiros dias de vida, as mudas ficam em uma área com sombra e constante irrigação, se fortalecendo ao longo do tempo.

Na etapa seguinte, com a muda mais fortalecida, a planta segue para o viveiro, onde continua os tratos culturais, em trabalho realizado por uma equipe formada por mais dezenas de agricultoras, sob a liderança da venezuelana Gerardini Garcia. O trabalho de Gerardini é garantir que as plantas estão aptas para serem plantadas no campo em definitivo, seguindo o seu ciclo de vida, gerando frutos e recuperando áreas degradadas da Floresta Amazônica.

A colaboradora chegou à BBF após sair da Venezuela em busca de novas oportunidades no Brasil. “Aqui no Brasil, encontrei oportunidades de emprego para mim e para a minha prima. Com muito conhecimento e de mudança de vida. Entrei como parte da equipe de agricultoras e hoje sou uma das líderes da empresa no campo”, afirma.

Além do cultivo sustentável da palma de óleo em mais de 75 mil hectares plantados em terras próprias, a BBF possui o Programa de Agricultura Familiar, que incentiva mais de 450 agricultores familiares no Estado do Pará com o fornecimento de mudas, permuta para compra de fertilizantes com preços acessíveis, assistência técnica com especialistas no cultivo de dendê, além de auxílio para crédito bancário, estímulo a melhoria contínua e garantia de compra dos frutos a preços competitivos. Ao todo, as famílias das regiões de Tomé-Açu, Acará, Concórdia e Moju comercializaram mais de 37 mil toneladas de palma de óleo para a companhia, garantindo uma receita de mais de R$ 30 milhões no último ano.

No Programa, a agricultora destaque de 2022 foi Maria Antônia da Silva, do Pará, que realiza o cultivo da palma de óleo em suas terras e comercializa a sua produção para a BBF processar os frutos e produzir o óleo de palma.

“Foi graças à BBF que conseguimos este recorde histórico no cultivo de dendê. Todo agricultor produz com amor e garra, mas sem suporte não temos como garantir uma produção com alta qualidade. Então, essa é uma conquista de todos nós”, destaca dona Maria Antônia.

Em breve nas mãos de consumidoras brasileiras

O resultado do trabalho desenvolvido pelas colaboradoras da BBF, incluindo Gerardini e Maria Antônia já pode ser percebido nos negócios da BBF.

Atualmente, a BBF possui mais de 75 mil hectares de palma de óleo plantados na região Norte e produz biocombustíveis a partir do óleo de palma para geração de energia renovável em 25 termelétricas da Companhia que, atualmente, atende mais de mais de 140 mil moradores de localidades isoladas da Amazônia.

A grande novidade às consumidoras é que em breve será possível ter acesso a cosméticos, produtos de higiene e limpeza, produzidos a partir do óleo de palma (polpa do fruto) e do óleo de palmiste (noz do fruto). Recentemente, a BBF anunciou a sua nova unidade de negócio com foco em biotecnologia – a BBF BioTech, no estado de Rondônia – com capacidade instalada de produção de 3.000 toneladas/mês para o desenvolvimento de dez tipos de insumos renováveis.

A nova linha de produtos, chamada “AmazonBio Care”, visa substituir o uso de produtos petroquímicos por insumos renováveis atendendo diversos segmentos de indústrias. Os insumos são produzidos de forma sustentável, a partir de óleos vegetais, cultivados pela BBF na região Amazônica.

Produtos como sabonetes, shampoos, cremes hidratantes e filtros solares dependerão cada vez menos de componentes químicos derivados do petróleo e se tornarão mais sustentáveis a partir do emprego de insumos de origem vegetal em suas formulações, contribuindo no desenvolvimento socioeconômico e preservação ambiental da Amazônia, além do apoio em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“Com a nossa nova unidade de negócios, seguimos o compromisso de atuar na geração de empregos e oferecer uma linha de produtos produzidos a partir de óleos vegetais, na região Amazônica”, comenta o CEO do Grupo BBF, Milton Steagall.

Sobre a BBF

A Brasil BioFuels (BBF) é uma empresa brasileira que atua no agronegócio sustentável desde o cultivo da palma de óleo, produção de biocombustíveis, biotecnologia e geração de energia elétrica renovável e tem área cultivada superior a 68 mil hectares e produção de cerca de 200 mil toneladas/ano óleo e trabalha com criação de soluções sustentáveis para a geração de energia nos sistemas isolados: usinas movidas a biodiesel produzido na região.

A BBF criou um modelo de negócios integrado em que atua do início ao fim da cadeia de valor – desde o plantio da palma de óleo, extração do óleo bruto e produção de bicombustíveis, até a geração de energia elétrica renovável – com ativos totalizando cerca de R$ 2,1 bilhões e atividades gerando mais de 6 mil empregos na região do Norte do Brasil. As operações da BBF estão situadas nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Pará.