Com recordes de transações via PIX e o Brasil entre os maiores mercados de cripto do mundo, o sistema financeiro passa por uma transformação histórica.

O mercado de pagamentos brasileiro vive um momento histórico de transformação digital, consolidando-se como referência global em inovação financeira. Em 2026, esse movimento tende a ganhar ainda mais velocidade.
Entre a consolidação do PIX, o avanço do Open Finance, a crescente adoção de criptomoedas e a expansão das fronteiras digitais, o Brasil protagoniza uma revolução que redefine a forma como consumidores e empresas lidam com o dinheiro.
A velocidade dessas mudanças surpreende até os analistas mais otimistas. Em apenas cinco anos desde o lançamento do PIX, o país não apenas universalizou os pagamentos instantâneos como também se tornou referência internacional em inovação financeira.
Em setembro de 2025, o Banco Central registrou um recorde de 290 milhões de transações em um único dia via PIX, movimentando R$ 164,8 bilhões — o maior volume financeiro e número de operações já registrados no sistema.
Paralelamente, o Brasil conquistou posição entre os cinco países com maior adoção de criptomoedas no mundo, segundo o Relatório de Adoção de Criptomoedas e Uso de Stablecoins da TRM Labs.
“Estamos vivenciando a maior transformação do sistema financeiro brasileiro em décadas. O PIX democratizou os pagamentos instantâneos, as criptomoedas trouxeram uma nova classe de ativos digitais acessível a todos, e agora vemos essas fronteiras se expandindo globalmente”, destaca Gustavo Siuves, CRO da Azify.
O que você precisa saber sobre o futuro dos pagamentos no Brasil
1. PIX domina o mercado
O PIX tornou-se o meio de pagamento preferido da população. Segundo levantamento da MindMiners, cerca de 73% dos brasileiros afirmam que o PIX é o método mais utilizado no dia a dia.
Já um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que 63% dos brasileiros utilizaram o PIX ao menos uma vez por mês.
No primeiro trimestre de 2025, o sistema registrou 250,5 milhões de transações em um único dia, movimentando R$ 124,4 bilhões — números que seriam superados meses depois com o novo recorde.
2. Brasil está entre os cinco maiores mercados de criptomoedas do mundo
De acordo com dados da Chainalysis, o Brasil é a maior economia cripto da América Latina, com US$ 318,8 bilhões transacionados entre julho de 2024 e junho de 2025, um crescimento anual superior a 100%.
Em 2024, clientes institucionais responderam por 70% do volume negociado na maior exchange brasileira. Dados do Banco Central indicam que as importações de criptoativos cresceram 60,7%, impulsionadas principalmente pelas stablecoins, que representam cerca de 70% das transações.
3. Open Finance se torna a próxima fronteira da inclusão financeira
Implementado em 2021, o Open Finance deve se consolidar até 2026 como eixo central da inovação financeira no país.
Segundo a Febraban, o sistema já ultrapassou 62 milhões de consentimentos ativos, um crescimento de 44% em um ano, embora 55% dos brasileiros ainda desconheçam seus benefícios.
Além do acesso a crédito mais barato e personalizado, a próxima fase do Open Finance prevê integração com seguros, previdência e investimentos.
4. Projeto Nexus prevê integração global dos pagamentos instantâneos
O Bank for International Settlements (BIS) desenvolve a plataforma Nexus, que deve integrar sistemas de pagamentos instantâneos de cerca de 60 países, incluindo o PIX.
O projeto já está em fase de testes em regiões como Malásia, Cingapura e Zona do Euro.
5. Brasil já é líder mundial no uso de carteiras digitais
De acordo com o Global Payments Report 2025 da Worldpay, 84% dos brasileiros utilizam carteiras digitais como PicPay, Mercado Pago, Apple Pay e Google Pay — uma das maiores taxas do mundo.
Em alguns segmentos do e-commerce, essas carteiras já superam o cartão de crédito como principal meio de pagamento.
6. Pagamentos digitais devem representar 80% do e-commerce até 2030
Segundo a Worldpay, mais de 80% do valor gasto no e-commerce brasileiro deverá ocorrer via pagamentos digitais até 2030.
Globalmente, as carteiras digitais devem ultrapassar US$ 28 trilhões em volume transacionado até o fim da década.
7. Banco Central reforça segurança contra fraudes
Apesar da ampla adoção, as perdas com fraudes cresceram 70% em 2024, alcançando R$ 4,9 bilhões, segundo dados do Banco Central via Lei de Acesso à Informação.
Para combater o problema, o BC implementou o Mecanismo Especial de Devolução (MED), enquanto bancos investem em inteligência artificial e monitoramento em tempo real.
Brasil caminha para liderança em economia digital e descentralizada
Os números não deixam dúvidas: o Brasil está na vanguarda da revolução dos pagamentos digitais.
A combinação entre um sistema público de pagamentos instantâneos altamente eficiente, como o PIX, e a crescente adoção de tecnologias descentralizadas cria um ecossistema único no mundo.
“Empresas e empreendedores precisam enxergar a digitalização dos pagamentos como parte central de sua estratégia. A combinação de diferentes métodos será determinante para a competitividade”, reforça Gustavo Siuves.
Os desafios de segurança mostram que o avanço tecnológico deve caminhar junto com educação digital e investimentos robustos em proteção.
“Com a expansão do PIX, do Open Finance e das criptomoedas, o Brasil entra em uma nova década de transformação financeira, exercendo papel de liderança global”, finaliza o executivo da Azify.
Sobre a Azify
A Azify oferece infraestrutura financeira completa para empresas no Brasil. A infratech desenvolveu uma plataforma que permite criar operações bancárias, gateways de pagamento e soluções de investimento com compliance automático integrado.
Com APIs prontas para uso e tecnologia proprietária, a Azify ajuda organizações a lançarem produtos financeiros seguros e escaláveis.
