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PESQUISA REVELA QUE 90% DAS MULHERES JÁ SE SENTIRAM MENOS RESPEITADAS QUE OS HOMENS NO TRABALHO

Mesmo com os avanços em relação à igualdade de gênero no mercado de trabalho, a sociedade ainda tem muito o que evoluir. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Workana, plataforma de trabalho freelance com atuação em toda a América Latina. O estudo foi realizado com 1.500 brasileiras e, de acordo com o levantamento, cerca de 90% das mulheres sentem que os homens são mais respeitados no mercado de trabalho.

Em 2017, muito se falou sobre as adversidades sofridas pelas mulheres no âmbito profissional e a pesquisa confirmou que o ano foi decisivo para uma virada de comportamento. Diante de diversas manifestações, muitas delas vistas por todo o mundo em protestos e denúncias que tiveram grande repercussão nos segmentos artístico e esportivo, 69,7% das entrevistadas acreditam que as mulheres tiveram maior poder de decisão no último ano e 95,7% entendem que esse foi um passo importante para que o assunto fosse ainda mais discutido em 2018.

Em relação a questões salariais, enquanto na Islândia o início deste ano foi marcado pela implementação de uma lei que garante igualdade salarial entre os gêneros, no Brasil, 60,3% das entrevistadas afirmaram que ganham ou já ganharam menos do que um homem para executar um trabalho igual ou superior e 62,7% disseram ainda que em sua área de atuação não há igualdade de oportunidades.

Já sobre abuso psicológico, 67,6% afirmaram que já foram contrariadas no trabalho para se sentirem erradas mesmo estando certas, 68,3% já foram interrompidas por homens em reuniões e 58,7% afirmam que algum homem já levou crédito por algo que elas fizeram. Quando se fala da aparência, 52,6% já foram julgadas no ambiente de trabalho.

Quando o assunto é assédio, o Brasil apresenta números alarmantes: 48,4% das mulheres já se sentiram perseguidas por algum homem do trabalho, enquanto 28,8% deixaram de denunciar algum abuso sofrido por medo de serem demitidas. Questionadas sobre algumas situações desagradáveis no ambiente profissional, 40,3% das entrevistas afirmaram ter sofrido assédio ou abuso de uma autoridade, 38,3% notaram discriminação ou preconceito e 19% sofreram com assédio sexual. Além disso, 17% sentiram desconforto antes mesmo de começar no emprego: os casos foram logo na entrevista.

Grande parte das mulheres entrevistadas têm entre 21 e 40 anos (75%), são solteiras (54,7%), não têm filhos (76%) e possuem Ensino Superior completo (36,7%).

Sobre a Workana

Fundada em 2012, a Workana é um marketplace que conecta freelancers a empresas e possui atuação em toda a América Latina. A plataforma oferece flexibilidade e agilidade na contratação de profissionais para os projetos cadastrados. Com quatro anos de atuação, a empresa já atingiu a marca de 230 mil projetos postados na plataforma e possui, atualmente, mais de um milhão de freelancers cadastrados.

Maytê Carvalho, CEO e fundadora da B.Pass

A CEO e fundadora do B.Pass, Maytê Carvalho é formada em Marketing pela ESPM, e já trabalhou para marcas de higiene pessoal e cosméticos como Unilever e O Boticário. Além disso, ela participou como finalista do programa O Aprendiz com Roberto Justus e conseguiu investimento no Sharktank Brasil com a investidora anjo Camila Farani. Maytê foi eleita pela GQ uma das 6 grandes líderes mulheres de startup do país. Atualmente, ela é fundadora e CEO da B.pass, um assistente pessoal de beleza criado para mulheres contemporâneas e se tornou o Gympass da beleza.

Camila Costa, CEO da agência ID\TBWA do grupo Omnicom

A CEO possui experiência e engajamento em liderança e empoderamento feminino, além de super jovem e ocupar um cargo que é dominado por homens. Ela é graduada em Publicidade e Propaganda pela FAAP, tem MBA em Marketing pela FIA/USP, Pós-MBA pela Saint Paul escola de negócios para preparação de Board Members e foi uma das primeiras brasileiras a participar do “Executive Program” da Singularity University – Califórnia, em 2012.

Camila é investidora-anjo apenas de startups lideradas por mulheres, participou do Fast Forward Women/Facebook em Miami e faz parte de diversos grupos de atuação sobre o assunto, além de ser conselheira do projeto social “Plano de Menina”, que tem como objetivo levar empoderamento a adolescentes da periferia brasileira para que se tornem protagonistas de suas histórias.