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POPULARES NOS TELHADOS, PLACAS SOLARES IRÃO GERAR ENERGIA SOBRE ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO

Se as águas estão escassas para a geração elétrica devido ao sol incessante, a solução é adotar ele como fonte de energia de limpa e sustentável.

É o que já ocorre na hidrelétrica de Sobradinho, município da Bahia, onde o maior projeto de usina solar flutuante do Brasil teve a sua planta piloto inaugurada sobre as águas do rio São Francisco, no último mês de dezembro.

Ocupando uma área de 10 m², a miniusina agrupa 7.300 módulos fotovoltaicos fixados em estruturas flutuantes, um tipo de instalação de sucesso adotado por diversos países do mundo.

São 1 megawatt de energia gerados, capazes de abastecer 4 mil casas populares, parte de um projeto final que terá mais 4 minusinas de mesma potência, totalizando 5 megawatts e 35 mil placas solares fotovoltaicas.

A obra, com custo aproximado de R$56 milhões, é fruto do investimento da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), que irá comandar o projeto, previsto para conclusão até o final deste ano.

Além do ganho em eficiência apresentado pelos painéis solares em virtude da proximidade com a água, tais projetos ainda se beneficiam das linhas de transmissão já existentes das hidrelétricas.

A primeira usina desse tipo no Brasil encontra-se sobre as águas da represa de Porto Primavera, na cidade de Rosana-SP, instalada em 2014.

Geração elétrica através de placas solares não é nenhuma novidade no Brasil, mas sim uma tendência em forte crescimento, principalmente nos telhados dos brasileiros, e a qual deverá liderar a matriz elétrica do país até 2040.

Essa é a projeção oficial da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), que prevê um salto dos atuais 1%, para 32% de participação da fonte na geração elétrica nacional.

Com esse novo tipo de usina solar sobre as águas, agora, os projetos de geração centralizada no Brasil, que já somam mais de 2,2 gigawatts gerados, deverão crescer ainda mais.