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SE QUEIMOU? SAIBA O QUE DEVE SER FEITO NESTE TIPO DE ACIDENTE

São Paulo, junho de 2019: No Brasil, mais de um milhão de pessoas são vítimas de queimadura. Essa também é a segunda maior causa de morte entre crianças de um a quatro anos, segundo o Ministério da Saúde. Para conscientizar a população sobre o tema, o Dr. Luiz Philipe Molina, cirurgião plástico especializado em queimaduras do Centro de Trauma do Hospital 9 de Julho, explica o que fazer para minimizar risco de infecções e evitar sequelas.

Quando o assunto é queimadura não faltam receitas caseiras “milagrosas” como dicas para reduzir a dor e estimular cicatrização. Mas o problema deve ser levado a sério. O tratamento adequado pode evitar infecções e problemas como perda de parte da elasticidade do local atingido. “Tratamentos caseiros tipo pasta de dente aplicada no ferimento podem piorar a lesão, aumentar o risco de infecção e até atrasar o processo de cicatrização”, alerta o Dr. Luiz Philipe Molina. Por isso, buscar ajuda médica é fundamental.

Queimaduras de primeiro grau (leve)

É aquela que atinge a camada superficial da pele e causa apenas vermelhidão e ardência no local. Na maioria dos casos, é motivada por um contato rápido com fogo, objeto muito quente ou exposição prolongada ao sol.

O que fazer:Resfriar a região queimada com soro fisiológico ou água fria em abundância, até amenizar a dor. Se a dor persistir, procurar um médico.

Queimaduras de segundo grau (moderada)

Essa pode ser mais dolorosa porque atinge a camada intermediária da pele. Costuma apresentar bolhas, causadas pelo aumento repentino de temperatura na região.

O que fazer:

1- É necessário também resfriar a área afetada com soro fisiológico ou água fria corrente em abundância. Nunca lavar com álcool, pois vai sensibilizar ainda mais o ferimento;

2- Nunca estoure as bolhas nem retire a pele daquelas que estouraram. Isso pode danificar ainda mais os tecidos, que estão em regeneração. Deixe esta conduta para o médico especialista;

3- Leve o ferido para um hospital. Será verificado se há necessidade de fazer um curativo, e o médico passará o tratamento mais adequado.

Queimaduras de terceiro grau (grave)

Ocorre quando há lesão em tecidos profundos, podendo até mesmo comprometer nervos, músculos e estruturas ósseas, dependendo da gravidade. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas e indolores. Se a pessoa queimada não sente dor, a sensibilidade já foi totalmente perdida por conta da gravidade do problema.

Esse nível de queimadura causa deformidades na pele que são tratadas com intervenção cirúrgica e aplicação de enxertos de pele. Neste caso, retira-se pele saudável de outra região do corpo para ser aplicada no local doente.

O que fazer:

Nesse caso, a primeira ação é levar o ferido para um hospital, mas antes, retire anéis, pulseiras, relógios ou qualquer objeto que possa ficar preso com o inchaço da região,pois apenas o médico poderá indicar a melhor opção terapêutica.

“É importante salientar, porém, que tudo depende de bom senso: uma queimadura de segundo grau em grande parte do corpo merece tanta atenção quanto uma lesão de terceiro grau de pequeno porte”, alerta o Dr. Molina.

Sobre o Hospital 9 de Julho: fundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho tornou-se referência em medicina de alta complexidade com destaque para as áreas de Neurologia, Oncologia, Onco-hematologia, Gastroenterologia, Endoscopia Digestiva, Ortopedia, Urologia e Trauma. Possui um Centro de Medicina Especializada com atendimento em mais de 50 especialidades e 14 Centros de Referência: Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional; Rim e Diabetes; Cálculo Renal; Cardiologia; Oncologia; Gastroenterologia; Controle de Peso, Infusão, Medicina do Exercício e do Esporte; Reabilitação; Clínica da Mulher; Longevidade, Doenças Inflamatórias Intestinais (CDII) e Trauma. Com cerca de 2,5 mil colaboradores e seis mil médicos cadastrados, o complexo hospitalar possui 470 leitos, sendo 102 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico com capacidade para até 22 cirurgias simultâneas, inclusive com duas salas híbridas (com equipamento de Hemodinâmica e Ressonância Magnética) e três para robótica, incluindo a Sala Inteligente, que permite a realização de cirurgias em sequência.