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EM ÉPOCA DE CORONAVÍRUS, HOME-OFFICE É ALTERNATIVA PARA EMPRESAS PRESERVAREM A SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS, CONTROLAREM PROPAGAÇÃO E MANTEREM AS OPERAÇÕES

Na semana passada, o Ministério da Saúde (MS) anunciou algumas medidas preventivas para conter a proliferação do Coronavírus no Brasil. Dentre elas estão: o isolamento domiciliar de pessoas que chegam de viagem internacional, suspensão e adiamento de grandes eventos, evitar aglomerações, realizar limpeza e higienização com maior frequência de ambientes e objetos como maçanetas, corrimão, teclados de computador, botões.

Como forma de atender as recomendações e evitar o aumento no número de casos, alguns estados começaram a suspender as aulas em escolas públicas e privadas, o tráfego de transportes e muitas empresas optaram pelo trabalho em regime home-office, principalmente, as do setor de tecnologia, que já possuem acesso a sistemas que facilitam a operacionalização da modalidade.

É o caso da Macro Plataforma, que atua no mercado de HR Techs (tecnologia para recursos humanos), desenvolvendo sistemas de benefícios, vantagens e premiações corporativas. Na semana passada, a startup criou um plano de contingência para inclusão de trabalho à distância.

A CEO, Marta Reis, informa que além de organizar uma dinâmica de trabalho em sistema home-office, todas as reuniões presenciais serão feitas via vídeoconferência. Conteúdos para redes sociais e campanhas internas e externas com informações para colaboradores e clientes estão sendo desenvolvidos. “A ideia é conscientizarmos todos os envolvidos no processo.

Além das medidas de prevenção, estamos também disparando pushs nas plataformas dos clientes com dicas de cuidados e descontos em serviços de delivery de alimentos, medicação e outros para ajudar os usuários a se resguardarem em casa nos próximos dias”, afirma Reis, que também planeja fazer uma campanha de vacinação da gripe com os colaboradores para beneficiar a saúde de todos.

Nos EUA, gigantes como o Google e a Amazon decretaram home-office de todos os funcionários pelas próximas semanas. No Brasil, a XP investimentos e o BNDES também optaram pela prática. Já a Ford, GM e Pirelli, pediram para que funcionários das áreas administrativas trabalhem de forma remota.

Dificuldades estruturais para trabalho remoto

Apesar da mobilização, nem todas as empresas conseguem tomar a decisão de oferecer o home-office, já que além de deixar as equipes em casa, é preciso estrutura para que os colaboradores possam realizar o trabalho, diferente daquelas que apostam na operacionalização de seus negócios na nuvem, como explica o especialista em Soluções Cloud e telefonia, Paulo Chabbouh, CEO da L5 Networks, empresa pioneira no desenvolvimento de  soluções de comunicações em nuvem:

“Quando acontecem situações como essas, as empresas passam a entender a importância do trabalho remoto. Dispensar as equipes para home-office, mas não ter como entregar aos colaboradores ferramentas de trabalho é prejudicial tanto a eles quanto ao desempenho da operação”.

Segundo Chabbouh, ao recorrer a este tipo de tecnologia, há uma dinâmica maior para a realização das atividades. O colaborador não precisa ir até o escritório. “Quando vemos exemplos das grandes do setor colocando em prática a decisão do home-office não é porque simplesmente a equipe vai verificar um webmail e atender uma demanda urgente.

A empresa vai funcionar normalmente, os arquivos são acessados de qualquer local, os CRMs são abastecidos e inclusive os ramais podem tocar nos telefones móveis dos colaboradores ou em seus notebooks através da telefonia em nuvem”, acrescenta Chabbouh.

O empresário defende que basear o modelo de negócio na nuvem não é uma questão apenas de ter estrutura para momentos de caos, mas, de se preparar para a dinâmica operacional dos dias de hoje, “o mercado não admite mais que estejamos presos a um único local”, analisa.

É, claro, de uma forma ou outra os impactos econômicos serão sentidos. Ao optar pelo regime de trabalho à distância, as empresas visam minimizá-los, manter as operações e resguardar a saúde dos colaboradores.

Segundo boletim divulgado pelo MS na noite da última quarta-feira (18), o País registrava 428 casos confirmados da doença. A perspectiva é de aumento gradativo.

Como se cuidar

Como forma de se prevenir, além das medidas apontadas acima como a redução de contato social, o órgão também recomenda realizar limpeza e higienização com maior frequência de ambientes e objetos como maçanetas, corrimão, teclados de computador, controles, painéis, celulares, brinquedos; disponibilizar álcool gel e toalhas de papel em ambientes públicos e privados.

Cuidados particulares como lavar as mãos com frequência, usar álcool gel e evitar cumprimentos como aperto de mão, beijos e abraços. Utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Também é necessário evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

Sintomas

Os sintomas de COVID_19, mais conhecido como Coronavírus, podem variar, de acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB). Os mais comuns são febre (acima de 37,8ºC), tosse seca, cansaço, congestionamento nasal. Também pode envolver diarreia, inflamação na garganta e dores no corpo.  Nos mais graves, podem ocorrer síndrome respiratória aguda e insuficiência renal.

A orientação é buscar um posto de saúde quando apresentar os sintomas iniciais do vírus, como febre baixa, tosse, dor de garganta e coriza, principalmente se tiver tido contato com alguém que chegou de viagem internacional nos últimos 14 dias.