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Coronavírus: liderança e criatividade ajudam a manter negócios que dependem de público

Diante do crescente número de casos de coronavírus em boa parte do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as pessoas optem pelo isolamento social e por uma distância de pelo menos um metro umas das outras. Paralelamente, alinhadas à OMS e a governos de países que começaram a enfrentar a doença antes de nós, administrações estaduais e municipais do Brasil decretaram o fechamento temporário de negócios não essenciais, para minimizar os riscos de transmissão da doença e achatar a curva de contágio do COVID-19.
Isso coloca um problema na mesa dos empreendedores de estabelecimentos como bares, restaurantes, salões de beleza e papelarias: como conduzir o negócio que não é considerado essencial e depende do público para fazer frente às contas?

É um momento delicado, em que o líder tem que administrar a ansiedade dos funcionários e as turbulências do mercado ao mesmo tempo em que procura formas de manter a empresa.

A sinergia com os colaboradores é peça fundamental no processo. É preciso usar de muita franqueza e explicar que o cenário temporariamente é outro. Que todos devem se comprometer com as mudanças que se fizerem necessárias para, quando tudo isso acabar, o negócio ainda estar de pé.

Ao mesmo tempo, busca-se a reinvenção para dar continuidade ao relacionamento com o público e às vendas em si. Criatividade é a palavra-chave aqui: como não é possível receber os clientes, chegue até eles de outras maneiras.

Para modalidades que permitem entregas, como cervejarias artesanais e papelarias, o delivery é uma solução prática e simples para todas as partes. Com divulgação nas redes sociais e esquema de pedidos via e-mail ou Whatsapp, as compras são levadas ao consumidor e alguma normalidade pode ser mantida.

Desafio mesmo enfrentam aqueles em que a presença da clientela é obrigatória — bares, restaurantes, salões de beleza e barbearias são os mais afetados. Uma saída interessante é vender consumação ou serviços antecipadamente, por meio de “cupons futuros” a serem usados quando os estabelecimentos puderem voltar a abrir.

Para deixar a oferta ainda mais atraente, vale conceder algum tipo de benefício. Por exemplo: a cada R$ 100 comprados, R$ 125 poderão ser consumidos; quem comprar um corte de cabelo ganha uma hidratação. Valorizar quem confia nos vales é uma ótima estratégia para, além de manter a movimentação de caixa ativa, ter um público ainda mais fiel na volta.

Sobre André Rezende
André Rezende é consultor, palestrante e mentor de pessoas e negócios, com uma carreira focada em atingimento de objetivos e resultados. Formado em Administração de empresas, pós-graduado em Gerência Financeira, Finanças Corporativas e MBA executiva em finanças, além de psicologia positiva, já ocupou cargos executivos de gestão e liderança em grandes empresas. Como pano de fundo para sua metodologia está o Caminho de Santiago, uma peregrinação milenar realizada pelo especialista e que o inspirou a moldar seus projetos de consultoria e a escrever o livro “O caminho da Liderança”, que em breve será lançado.