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PRINCIPAIS PRAGAS DA PLANTAÇÃO DE SOJA E SOLUÇÕES BAYER

Quem lida com o trabalho agrícola conhece perfeitamente os desafios que são enfrentados para que a cultura se desenvolva de forma saudável. Um deles está relacionado ao combate a doenças na lavoura de soja.

Não é à toa que, antes do plantio, é importante rever o histórico da área para entrar com o manejo adequado e evitar danos maiores. Essa etapa consiste em averiguar quais são as pragas que podem prejudicar a lavoura.

Conheça quais são as principais e descubra que medidas de controle devem ser tomadas em cada caso.

Corós

Os corós são da família Melolonthidae.  Presentes em diversas regiões do Brasil, as espécies dessas pragas são dos gêneros Phyllophaga spp., Cyclocephala spp., Diloboderus spp. e Liogenys spp.

Esse tipo de praga se desenvolve no solo, causando danos no sistema radicular da soja. Isso significa que a cultura pode ser infectada desde a germinação da semente. Em casos de cultivo sob plantio direto, a infestação pode ser ainda maior.

Em fase larval, os corós possuem um corpo recurvado e esbranquiçado, com três pares de pernas torácicas. As larvas podem chegar a até 4 cm de comprimento e ficar nesse estágio por 250 dias.

Os corós se alocam em uma profundidade do solo que pode chegar até 30 cm. Geralmente, eles atacam o sistema radicular em reboleira, comprometendo todo o ciclo da cultura da soja.

Principais soluções para o controle de corós

A fase larval ocorre no início da estação chuvosa, época que coincide com a o plantio de soja. Isso justifica a necessidade de realizar o monitoramento da área no pré-plantio, o que permite encontrar possíveis focos dessa praga.

Caso eles sejam identificados, é necessário prosseguir com o tratamento prévio das sementes. Além disso, é importante prosseguir com a aplicação de biodefensivos no sulco de semeadura a fim de evitar que as larvas ataquem a raiz na germinação.

No sistema de plantio convencional, é ideal que você realize o controle cultural por meio do revolvimento do solo. Isso fará com que as larvas fiquem expostas a inimigos naturais, temperatura e umidade desfavoráveis ao seu desenvolvimento.

Além disso, é importante que sejam evitadas semeaduras tardias, já que a probabilidade de encontrar estágios mais avançados de corós é maior. Com essas medidas, a cultura de soja poderá se desenvolver sem maiores riscos.

Percevejo-castanho-da-raiz

O percevejo-castanho-da-raiz, assim como o coró, tem hábitos subterrâneos, o que pode causar danos no ciclo inicial da cultura de soja. Essa praga é da Cydnidae, da ordem Hemiptera.

As espécies que mais acometem a soja são a Scaptocoris castânea e a Atarsocoris brachiariae. A fase adulta possui coloração marrom-claro e mede, aproximadamente, 7 mm. Já as ninfas possuem coloração branco-amareladas e são um pouco menores.

Independente de ser adulto ou ninfa, o percevejo-castanho-da-raiz se alimenta de seiva. Ele insere o aparelho bucal sugador labial no tecido das raízes, injeta toxinas e suga a seiva, impedindo assim o crescimento das plantas.

Essa praga provoca amarelamento e desidratação na cultura de soja. Em períodos chuvosos, ela se aloca na camada mais superficial do solo. Em períodos mais secos, ela permanece em profundidade que pode chegar a 2 metros.

Principais soluções para o controle do percevejo-castanho-da-raiz

É importante que você saiba que a presença do percevejo-castanho-da-raiz também pode ser detectada pelo odor característico. Essa praga emite o feromônio, substância de comunicação da espécie, que é facilmente identificado pelo olfato humano.

Como ela tem hábito de se aprofundar no solo, o monitoramento deve ser realizado logo após o início das chuvas. Antes de começar o plantio, realize amostragens na área para avaliar se há a presença de percevejo-castanho-da-raiz.

Caso eles sejam identificados, prossiga com o tratamento de sementes e aplicação de biodefensivos específicos para esse tipo de praga. Também é importante seguir o protocolo de aplicação de defensivos agrícolas no sulco da semeadura.

O controle cultural é mais uma maneira de controle que contribui para o manejo do percevejo-castanho-da-raiz. Nesse caso, o ideal é que ele seja realizado por meio da aração do tipo aiveca, de modo para expor as larvas a condições adversas.

Lagarta-rosca

A largarta-rosca é da família Noctuidae.  A espécie mais comum no Brasil é Agrotis ipsilon, da ordem Lepidoptera. O nome se deve ao seu comportamento quando é perturbada. Assim que sente a presença do predador, ela se enrola ao redor de si.

Na fase adulta, ela se transforma em mariposa de coloração parda ou marrom, com envergadura das asas anteriores de cerca de 5 cm. O inseto de hábito noturno deposita os ovos sobre a planta ou no solo.

Em fase larval, ela tem coloração pardo-acinzentada e pode chegar a 4,5 cm de comprimento. Durante o dia, a lagarta-rosca fica abrigada no solo e à noite, se alimenta da haste da planta.

Além disso, essa praga também causa danos iniciar à cultura de soja, já que se alimenta de sementes recém-germinadas. Solos muito úmidos e com maiores concentrações de matéria orgânica possuem condições favoráveis para infestação.

Principais soluções para o controle de lagarta-rosca

O monitoramento no pré-plantio é uma das principais formas de manejo e deve ser realizado em todos os contextos. Ele é ainda mais importante em áreas que contam com excesso de umidade e maiores concentrações de matéria orgânica.

Portanto, uma das primeiras formas de controle preventivo é a dessecação antecipada da cultura remanescente e das plantas daninhas hospedeiras. Além disso, é necessário prosseguir com o uso de biodefensivos sistêmicos.

Essa medida pode ajudar no controle da lagarta-rosca, sobretudo pelo fato de ela ter hábito noturno. Tratamento de sementes e aplicações de defensivos nos sulcos de semeaduras também são fundamentais para o manejo dessa praga.

Lagarta-elasmo

A lagarta-elasmo  pertence à família Pyralidae. A espécie Elasmopalpus lignosellus, da ordem Lepidoptera é a que mais acomete a cultura de soja no Brasil. Também conhecida como broca-do-colo, ela pode causar sérios danos no plantio se não for controlada.

A fase adulta da praga também é uma mariposa de hábito noturno. Ela mede, aproximadamente, 3 cm de envergadura, sendo um pouco menor que a lagarta-rosca. Na fase larval, ela possui coloração inicial esverdeada.

Conforme vai aumentando de tamanho (que pode chegar a 2 cm), a coloração torna-se mais amarronzada. A lagarta-elasmo se acomoda em solos mais arenosos e se desenvolve em períodos de seca prolongados.

Logo após a germinação da soja, as lagartas iniciam o ataque. Sua presença pode ser identificada no tombamento e morte das plântulas em tempo, já que uma de suas características é a alta mobilidade.

Principais soluções para o controle de lagarta-elasmo

Além de realizar o monitoramento da área, você deve prosseguir com o tratamento de sementes de soja. Antes do plantio, promova o controle cultural por meio da dessecação da cultura remanescente e eliminação de plantas daninhas.

Faça a aplicação de biodefensivos sistêmicos produzidos especialmente para o manejo de lagarta-elasmo. Não deixe de usar esse produto nos sulcos de semeaduras. Lembre-se de o controle de cada praga deve ser feito de acordo com a realidade da sua lavoura.

A Bayer possui um portfólio completo de produtos criados exclusivamente para a cultura de soja. Com eles, você será capaz de imprimir qualidade, segurança e responsabilidade ambiental em sua lavoura.