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OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA PRIMEIRA INFÂNCIA EM ÁREAS DE VULNERABILIDADE SOCIAL 

Os impactos na pandemia do coronavírus (Covid-19) são sentidos em todas as faixas etárias. Porém, as consequências podem ser ainda maiores na primeira infância, uma fase que exige cuidados específicos e supervisão constante.

Mesmo diante das necessidades que essa faixa etária exige, dados do documento Innocenti, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mostra que cerca de 40 milhões de crianças em todo mundo estão sem acesso a cuidados essenciais na primeira infância.

Para a coordenadora de Educação Infantil do Marista Escolas Sociais, Karen Lacerda, a escola desempenha um papel importante nesse sentido. “Os estímulos dados nessa fase da vida favorecem o desenvolvimento integral, fator que contribui para a aprendizagem e para a vida”, explica.

Comunidades são mais impactadas 

Segundo dados do mesmo estudo em 54 países de baixa e média renda, cerca de 40% das crianças com idade entre 3 e 5 anos, não estão recebendo o estímulo socioemocional necessário para esse período. A falta de acesso, que vai desde a falta de uma alimentação adequada até atividades que estimulem o protagonismo e o desenvolvimento são fatores que contribuem para esses números.

O Marista Escolas Sociais, que atende gratuitamente mais de 7 mil crianças nas regiões de São Paulo, Santa Catarina e Paraná, conta com mais de 1.400 crianças na Educação Infantil. Desde o início do isolamento social, as Escolas Sociais têm oferecido suporte às famílias, com entrega de atividades e materiais, alimentação e acompanhamento psicossocial.

Localizada na Zona Leste de São Paulo, uma das regiões mais afetadas pela pandemia, o Marista Escola Social Robru conta com uma equipe integrada focada no bem-estar de cada família.

“Além de entregar atividades presencialmente com hora marcada, fornecemos materiais como pincéis, giz, argila e livros. Junto com todo o suporte para as famílias, notamos que muitos não possuíam itens que possam estimular as crianças com cuidado, aprendizagem e segurança”, revela Aline Paes de Barros, diretora da escola.

Já na capital paranaense, o Marista Escola Social Curitiba, que atende crianças de 0 a 5 anos, tem buscado compreender as necessidades de cada família. Segundo Ricardo Sartorato, diretor da Escola, desde o início da pandemia, a equipe psicossocial mapeou crianças e familiares atendidos pela instituição. “Assim garantimos uma entrega adequada da alimentação, acompanhamento de atividades, sugestões de brincadeiras enviadas via redes sociais e em grupos no whatsapp. Fortalecer os vínculos é importante para garantirmos o desenvolvimento integral das crianças”, reforça.

Marista Escolas Sociais

Marista Escolas Sociais atende gratuitamente 7700 crianças, adolescentes e jovens por meio de 20 Escolas Sociais, localizadas em cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os alunos atendidos nas Escolas Sociais têm acesso a uma educação de qualidade e gratuita que vai desde a educação infantil até o ensino médio, além de projetos educacionais e pedagógicos que acontecem no período contrário às aulas. https://maristaescolassociais.org.br/