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Com aumento do número de mortes por Covid-19, cresce pressão por CPI da Pandemia

Em 2021, o avanço da pandemia atingiu níveis inimagináveis no Brasil. Neste cenário onde a crise sanitária, social e econômica atingiram dimensões assustadoras, o governo de Jair Bolsonaro se mostrou incapaz de lidar com a situação e ainda incentivou uma série de ações que contribuem para a tragédia humanitária pela qual o país passa, como a promoção de aglomerações, insistência em medicamentos e tratamentos ineficazes contra o vírus e a sabotagem no início da vacinação, para citar apenas algumas.

Diante disso, organizações dos mais diversos espectros políticos se uniram para pedir a instauração da CPI da Pandemia. Para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a dar sequência à comissão, o grupo lançou o site CPI da Pandemia Já!, que conta com a ajuda da população.

A Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem como objetivo apurar as omissões do governo federal no cenário de pandemia, segue engavetada, mas já reúne a assinatura de 32 parlamentares, mais do que o mínimo de 27 assinaturas que devem ser apresentadas à Mesa.

Magno Karl, cientista político e diretor executivo do Livres, explica que a CPI vai muito além de procurar culpados, mas pode ajudar a encontrar soluções para as questões que ainda não foram resolvidas.

“A gente acredita que a CPI pode ser importante neste contexto, não só para trazer um pouco mais de visibilidade para as ações de fiscalização do poder público, mas também para trazer mais transparência, mais fiscalização para a sociedade brasileira. Atentar contra o direito à saúde da população é crime e o governo federal precisa, urgentemente, mudar sua postura diante da questão do Covid-19. CPIs são instrumentos de fiscalização e investigação por parte do parlamento, e o Senado não pode se abster num momento importante como o da crise sanitária. Mais quantas pessoas precisarão morrer para o Senado instalar a CPI da Pandemia?”, questiona Karl.

Sobre movimento Livres

O Livres é um movimento liberal suprapartidário que promove engajamento cívico e desenvolvimento de lideranças, projetos de impacto social e propostas de políticas públicas para aumentar a liberdade individual no Brasil. Com mais de 4 mil associados entre todas as regiões do país, o Livres possui 27 mandatários associados (1 senador, 6 deputados federais, 7 deputados estaduais e 13  vereadores) e um Conselho Acadêmico composto por Elena Landau, Fernando Schuler, Leandro Piquet, Persio Arida, Ricardo Paes de Barros, Samuel Pessôa, Sandra Rios e Paulo Roberto de Almeida. Constituído formalmente como associação civil sem fins lucrativos desde 2018, o movimento nasceu em janeiro de 2016 como uma tendência partidária incubada no PSL com o propósito de renovar o partido, mas deixou a sigla por divergir da entrada do então pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro. Para saber mais: https://www.eusoulivres.org/