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Dor na coluna? Pode ser hérnia de disco, explica fisioterapeuta

Foto de Kindel Media no Pexels

Dor nas costas, sensação de queimação ou dormência, dificuldade para locomover-se e até mesmo para trabalhar, são alguns dos principais sintomas e consequências da temida hérnia de disco. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o problema atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros.

Para entender melhor, o fisioterapeuta Bernardo Sampaio explica que, esse problema é mais comum nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.

“Quando é colocado pressão ou estresse na coluna, o anel externo do disco pode inchar, rachar ou rasgar. Se isso ocorrer na região lombar, a protusão do disco pode empurrar a raiz do nervoso espinhal próxima, o resultado são dores agudas nas nádegas e nas pernas” – pontua o profissional, diretor clínico das unidades de Guarulhos do ITC Vertebral e do Instituto Trata.

Por outro lado, muitas pessoas podem ser diagnosticadas com Hérnia Disco mesmo sem os sintomas e a intensidade da dor, varia de caso a caso.

“Na maioria deles, os sintomas melhoram naturalmente com três meses, mas podem ser auxiliados com tratamentos clínicos e fisioterapêuticos”. No entanto, o especialista orienta que mesmo assintomático, o ideal é realizar um programa de tratamento voltado para a funcionalidade normal da coluna e para o seu fortalecimento.

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando-se em conta o histórico do paciente, as características dos sintomas e o resultado do exame físico realizado durante a avaliação. Exames como raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e localizar em que região exata da coluna está o machucado, mas eles não são decisivos para a tomada de conduta.

“O exame mais importante é escutar o paciente, ouvir o que ele tem a dizer sobre a dor, procurar saber o que ele faz no dia a dia em casa e no trabalho e entender as reações do corpo” – de acordo com especialista, todos esses detalhes contribuem significativamente para a melhora do paciente, e cabe ao profissional ficar atento.

Mudanças no estilo de vida são indispensáveis para evitar o surgimento da hérnia de disco. Bernardo orienta que seus pacientes evitem carregar excesso de peso no dia a dia ou no trabalho, que pratiquem atividades físicas sob orientação profissional para fortalecer a musculatura de sustentação da coluna, tornando-a mais resistente aos possíveis impactos e sugere que mantenham uma dieta saudável para controlar o peso corporal e prevenir que a coluna sofra com as sobrecargas. Tudo isso pode ajudar a manter a saúde da coluna em dia.

Normalmente, a maioria dos casos de hérnia de disco podem ser tratados com garantias de sucesso, sendo necessária, contudo, uma manutenção de importantes hábitos ao longo da vida para evitar recidivas.

“O período de recuperação total é individual, ou seja, cada paciente evolui de acordo com suas condições, não existe um período padrão. Esse processo também vai depender do quadro da hérnia de disco submetido ao tratamento e do comportamento do paciente em obediência às orientações médicas” – finaliza Bernardo.

BERNARDO SAMPAIO

Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br  e www.itcvertebral.com.br