Pular para o conteúdo

Cinco tendências para a gestão de pessoas em 2022

Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels

Tecnologia, flexibilidade e foco no desenvolvimento humano são as principais tendências em gestão de pessoas para as empresas em 2022. Nos últimos dois anos, as companhias precisaram rever posturas internas e externas, considerando o mercado de trabalho. Nesse cenário, muitas adaptações foram colocadas em prática e o setor de Recursos Humanos (RH) é peça-chave na nova realidade. 

Processos de seleção, contratação e análise de comportamento dos profissionais de uma empresa passam pelo RH e devem contar, ainda mais, com soluções tecnológicas em 2022. Para facilitar essas ações e tornar o setor digital, os ambientes corporativos têm apostado em softwares de gestão de pessoas, que automatizam procedimentos e acompanham a virada para um modelo de trabalho menos presencial.

Um estudo realizado pela consultoria Gartner aponta as prioridades dos líderes de RH para 2022. De acordo com dados, 92% dos profissionais cogitam que suas equipes trabalhem de maneira híbrida nos próximos anos. A pesquisa entrevistou mais de 500 líderes de gestão de pessoas de diversas partes do mundo. 

O levantamento mostra ainda a construção de habilidades, a criação de experiências positivas, a transformação nas ações de liderança, o planejamento, a diversidade e a inclusão como tendências para o setor de RH no âmbito global.

1. Construção de habilidades críticas e competências 

Desenvolver habilidades críticas entre os colaboradores está em primeiro lugar na lista das cinco maiores tendências em gestão de pessoas. Entre os entrevistados, 59% dos líderes de RH priorizam esse fator. 

O desafio, no entanto, é construir soluções de desenvolvimento de habilidades que sejam tão rápidas quanto a evolução da demanda por novas aptidões. O estudo indica que a necessidade da educação corporativa nas companhias e a transição para o modelo on-line aumentaram o foco nas habilidades digitais e emocionais. 

Uma saída é estruturar a gestão de pessoas em torno de talentos e não apenas em papéis ou cargos, para criar uma cultura de trabalho adaptável. 

2. Projeto organizacional e gestão de mudanças

O desenvolvimento de um projeto organizacional e a implantação da gestão de mudanças são prioridades para 48% dos líderes de RH. Segundo o estudo, 54% dos líderes dizem que seus funcionários estão cansados das mudanças ocorridas nos últimos tempos – como a adaptação para o home office e a nova reestruturação para a modalidade híbrida de trabalho, além das pequenas mudanças do dia-a-dia, consideradas fatigantes. 

É importante que os líderes criem experiências positivas para os colaboradores em momentos de transição. Como solução, são citadas a necessidade de identificar pequenas mudanças do cotidiano que estejam sendo negligenciadas, capacitar a liderança para que dê espaço ao trabalho de promoção da saúde mental e incentivar a confiança entre os membros das equipes.

3. Banco de líderes

A pesquisa avaliou ainda que ter um banco de líderes para atender suas demandas atuais e futuras é prioridade para 45% dos entrevistados. De acordo com o estudo da Gartner, 24% dos chefes de RH acreditam que não desenvolvem líderes de nível médio com eficácia.

A preocupação torna-se maior, pois menos da metade dos empregados, 44%, afirma confiar em suas lideranças para superar uma crise.

O desenvolvimento humano aparece como ponto central para alcançar resultados. Para 2022, algumas metas são ainda mais essenciais, como o foco em pessoas – e não apenas em processos – e uma gestão ágil e transparente. 

4. Planejamento para o futuro

Segundo a pesquisa, os impactos e as mudanças causados pela pandemia deixaram 49% dos líderes de RH sem uma estratégia explícita para o futuro do trabalho e essa passa a ser uma prioridade para 42% deles. 

A pergunta principal é: em que medida essas mudanças vão alterar o plano de trabalho dos líderes, suas metas e estratégias a curto e longo prazo? 

Como resposta, os ajustes para que a empresa continue a colher resultados devem equilibrar tendências relevantes e atenção à cultura organizacional. O intuito é incentivar que os colaboradores trabalhem a partir de um objetivo comum, para aumentar o engajamento, a inovação, a agilidade e, consequentemente, o desempenho.

5. Diversidade, equidade e inclusão 

A diversidade, a equidade e a inclusão são tendências para 2022 e prioridades para 35% dos líderes de RH. Dos entrevistados, 36% dizem que têm dificuldade para manter os líderes empresariais engajados em ações de diversidade e inclusão que geram resultados.

Por outro lado, 76% dos funcionários e candidatos a vagas avaliam que uma força de trabalho diversificada é importante.

A solução está em promover ambientes mais diversos e inclusivos. A liderança deve ser  convocada a se engajar no processo, pois, conforme o relatório da Gartner, a confiança nos líderes pode ser prejudicada pela falta de diversidade.