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Para prevenir Burnout, empresas criam diferentes estratégias e ganham em eficiência

Programas de capacitação, treinamentos e contato diário estão entre as ações que ajudam as organizações a estarem mais perto de seus colaboradores

Neste ano, a Organização Mundial da Saúde passou a reconhecer o Burnout como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Segundo a ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), 30% dos profissionais brasileiros convivem com a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho.

Outras doenças originárias do trabalho também atingem os brasileiros. Segundo relatório mais recente do Ministério Público do Trabalho e da Organização Internacional do Trabalho, em 2020, o total de auxílios-doença por transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade, chegou a 289 mil. São consideradas doenças ocupacionais Lesão por Esforços Repetitivos (LER), problemas na coluna, perda auditiva, entre outras.

Empresas investem em capital humano

Algumas empresas têm sido exemplos no combate às doenças do trabalho, ao investirem em desenvolvimento de pessoas, com programas de educação corporativa, oportunidade de crescimento e planos de carreira.

No ano passado, o adtech especializada de comunicação veículo de comunicação especializado em mobile growth com foco em campanhas de conversão, Adaction, investiu cerca de R$2 milhões na escola corporativa TalentTree. “A iniciativa foi criada com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar as competências do quadro de funcionários, assim como, a formação de novos líderes”, explica Bruno Niro, CEO da startup.

A empresa ainda pretende expandir o projeto que está ativo desde 2021. “Queremos investir mais de R$5 milhões TalenTree neste ano. Sabemos que a satisfação dos funcionários deve ser considerada igualmente importante à satisfação dos clientes. Segundo estudo realizado pela Universidade da Califórnia, um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros“, diz Niro.

Qualidade de vida e de atendimento podem andar lado a lado

O Sindicato dos Trabalhadores de Telemarketing (Sintratel) divulgou em 2021 que, 30% dos operadores de teleatendimento sofrem de transtornos psíquicos. A startup JobHome, especializada em teleatendimento, está no mercado desde 2017 e busca criar maneiras de evitar esse problema, principalmente porque seus colaboradores trabalham no modelo home office desde sua criação.

“Nós estamos sempre em contato com nossos colaboradores por meio da nossa intranet, como uma maneira de sempre estarmos próximos deles, entender suas necessidades e evitar que o estresse do dia a dia se torne algo maior. Essa estratégia tem dado muito certo, nós conseguimos ser uma empresa mais humana, que tem os colaboradores realmente ao seu lado, o que também nos ajuda a oferecer um atendimento de qualidade e com encantamento aos nossos clientes”, conta Ricardo Galdino, cofundador da empresa.

O empresário conta que na startup o absenteísmo, não comum no setor, não é recorrente. “Nosso índice de absenteísmo é de apenas 2%, o de turnover é de 1%, enquanto nosso índice de produtividade é de 85%. Atribuímos isso ao constante treinamento que oferecemos às nossas equipes para mostrar que nos importamos com eles e com suas carreiras, oferecemos um plano de carreira para todos eles, quando estamos com uma vaga disponível ofertamos para quem já está conosco e só depois abrimos para o público geral. Nós reconhecemos o talento de cada um e fazemos o máximo para não perder nenhum deles”, explica Galdino.

Ferramentas podem auxiliar na prevenção de doenças ocupacionais

Além disso, as empresas também têm investido em ferramentas para evitar sobrecarga de funções nos colaboradores e assim, prevenir o surgimento das doenças ocupacionais. O Qualitime é baseado em nuvem, assim como todas as soluções da L5 Networks, e, apesar de estar em desenvolvimento desde 2015 – e também em uso interno pela desenvolvedora, apenas com a popularização do trabalho remoto é que a empresa passou a oferecer ao mercado como mais um produto.

“Já usávamos internamente e ao escutar de nossos clientes que havia um receio com o home office, por perder a proximidade com as equipes, é que surgiu a ideia de lançar ao mercado. E para quem pensa que é apenas um monitoramento de tarefas, o Qualitime é muito mais. Ele oferece uma visão gerencial 360 da empresa, alertando inclusive para colaboradores que estão trabalhando demais e podem vir a desenvolver estresse e burnout, sendo um importante indicador para manter a qualidade de vida das equipes”, enfatiza Chabbouh.

Com o slogan “Your business anywhere”, o Qualitime promete ser uma ferramenta muito benéfica para empresas que estejam com o sistema de trabalho home office ou híbrido implantado e querem alcançar ou até mesmo ampliar a produtividade e melhorias com os seus colaboradores.