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Andar a cavalo tem sido utilizado com sucesso como tratamento de indivíduos com depressão e com necessidades especiais, tanto físicas como mentais

Por conta de seu temperamento dócil e o vínculo afetivo estabelecido com quem interage, o cavalo contribui para o desenvolvimento das atividades motoras, cognitivas, sensoriais, psicológicas e sociocomunicativas

De acordo com uma pesquisa feita nos Estados Unidos pela Edelman Intelligence em nome da HABRI e da Mars Petcare com 2.036 entrevistados, sendo 1.469 tutores de animais (72%), cerca de 26% destes afirmam que possuem algum tipo de criação pois sabem dos benefícios para a saúde mental. No caso dos entrevistados com mais de 55 anos, a porcentagem salta para 55%. Embora cães e gatos sejam constantemente citados quando o assunto é animais domésticos e seus benefícios para a saúde mental, há um outro que vem provando ser de grande auxílio também para a saúde física: o cavalo.

A equoterapia, também chamada de equiterapia ou hipoterapia, é um tipo de terapia com cavalos que serve para estimular o desenvolvimento da mente e do corpo. Por conta dos enormes benefícios gerados ao tônus muscular, postura e a capacidade de trabalhar o foco, concentração e percepção, a equoterapia é amplamente utilizada tanto como fisioterapia e tratamento de depressão quanto para o desenvolvimento biopsicossocial de indivíduos com deficiências ou necessidades especiais, como a síndrome de Down, paralisia cerebral, derrame, esclerose múltipla, hiperatividade, autismo, crianças muito agitadas ou com dificuldade de concentração, por exemplo.

“A conexão com o cavalo atua criando estímulos sensoriais capazes de reorganizar o Sistema Nervoso Central e consequentemente, melhorando a função motora. Além disso, o vínculo afetivo estabelecido entre o paciente e o animal, contribui além do desenvolvimento das atividades motoras, acarretando em efeitos benéficos nas atividades cognitivas, sensoriais, psicológicas e sociocomunicativas” – explica a médica-veterinária da Botupharma, Bruna Fabro.

Constantemente associado à força e velocidade, o cavalo foi adaptado a utilizar toda sua força para a fuga de predadores, nunca para combate direto, o que o torna dócil quando devidamente inserido à convivência com humanos. “Se analisarmos desde os tempos mais remotos, quando o homem começou a domesticar o cavalo para transporte e carga, a história destes dois sempre foi, e ainda é baseada em muito respeito e confiança, assim como a história do homem com o cão” – complementa.

Apaixonantes nas telas, apaixonados fora delas

A indústria do cavalo é capaz de movimentar, R$16,15 bilhões ao ano e gerar 610 mil empregos diretos e indiretos aqui no Brasil. Além disso, há muitas personalidades famosas que também são apaixonados pela espécie e os têm como pets.

A modelo e celebridade americana, esposa do cantor John Legend, Chrissy Taigen, começou a andar a cavalo como terapia após ter sofrido um aborto espontâneo, de acordo com o site especializado em celebridades Page Six.

Outra entusiasta em cavalos, que levou a paixão a um nível acima, é a protagonista da extinta série The Big Bang Theory, Kealey Cuoco. A atriz monta desde os 15 anos e participa de provas de hipismo sob um pseudônimo para não ser reconhecida e poder competir sem favorecimentos. Seu marido, Karl Cook, é um renomado equitador e ambos possuem um haras cinematográfico.

Entre os octógonos e os cavalos de corrida

Quem acompanha o lutador Charles do Bronx nos octógonos, nem imagina que uma de suas paixões é andar a cavalo. Essa paixão começou ainda na infância, quando ficava admirando a criação de cavalos de seu tio. À medida que começou a conquistar inúmeras vitórias com o UFC, decidiu investir em cavalos de corrida. Hoje possui três da raça American Trotter: Mindanao, Ocelot e Graduada Década, que, assim como seu tutor, são atletas de alta performance e têm uma rotina de treino parecida com a do lutador.

“Eles têm de manter o ritmo, por isso treinam todos os dias e, uma vez por semana, fazem uma corrida de explosão, sprint” – explica Gia, amigo de Charles e seu consultor equestre.

Os três american trotters passam por cuidados rotineiros no hipódromo da Sociedade Paulista de Trote.Eles saem das baias todos os dias, são escovados, têm seus cascos limpos e vão trabalhar, que é como chamamos o treinamento deles: exercitam-se por meia hora, 40 minutos, num ritmo mais lento, só para aquecer os músculos”, conta Gia.

E embora o termo “investir” sempre seja citado quando se fala em aquisição de cavalos de raça, o consultor equestre dispara: “Se Charles e eu ganhamos dinheiro com os cavalos? A resposta é não. É muito difícil ganhar dinheiro com criação de cavalos no Brasil. Fazemos isso pela pura paixão mesmo.”

Assim que os treinos permitem, Charles de Bronx aproveita para arriscar-se nas provas. “Ele está montando bem”, conta o amigo. “Ganhou a última corrida. Ele é inteligente de verdade, escuta muito, faz o que a gente fala, segue certinho a estratégia.” Foi assim que o lutador venceu sua última corrida em Piracaia. 

Sobre a Botupharma

A Botupharma foi fundada em 2005 a partir da união de médicos-veterinários com décadas de experiência em pesquisas científicas relacionadas à biotecnologia animal. Em seu corebusiness, estão pesquisadores renomados trabalhando para desenvolver produtos inovadores. Seu parque fabril atende aos mais rígidos padrões de produção mundiais, garantindo alta qualidade e confiabilidade aos seus produtos.