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De volta às arenas, palhaço Meia Sola faz apresentação no Rodeio Pela Vida

Com um tipo de humor que remete ao bom e velho palhaço de circo, mas com o jogo cênico do clown teatral, o artista performático Marcelo Rodrigues traz de volta às arenas de rodeio o personagem Meia Sola, que tanto sucesso fez no final da década de 90 e começo dos anos 2000 pelo país.

Afastado dos palcos por apostar em outras iniciativas empreendedoras, o artista que estava morando no Japão até dezembro do ano passado, escolheu mais uma vez, a cidade de Barretos como domicílio fixo e estreia a nova fase do Meia Sola no próximo final de semana, de 9 a 11 de junho, durante o Rodeio Pela Vida, realizado no Recinto Paulo de Lima Corrêa, em benefício ao Hospital de Amor que realiza tratamento, prevenção e pesquisa em câncer, sendo o maior complexo oncológico da América Latina, com atendimento cem por cento pelo SUS.

O palhaço Meia Sola fará apresentações em todos os dias do evento, com participação na abertura e show especial na arena no encerramento do rodeio, antes do show musical da noite. Trazendo esquetes sobre temas variados, sempre explorando o lado lúdico e simples da emoção causada pelo palhaço.

Uma história de sucesso

O personagem Meia Sola surgiu em meados de 1990 e nasceu da união da paixão pelo palhaço de circo e pelo clima das arenas de rodeio. Marcelo Rodrigues conheceu a atuação dos salva-vidas nas arenas, que tem o papel de garantir a integridade dos atletas ao final das montarias, distraindo o animal, e para isso usam roupas chamativas e pintura no rosto.

A partir dessa imagem ele concebeu o palhaço que tem a função de fazer rir, entre uma montaria e outra. A ideia deu tão certo que Meia Sola virou uma espécie de presença obrigatória nos eventos, tendo seu auge na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, onde tinha até patrocínio próprio e exclusivo.

O humor ingênuo de Meia Sola, que tem o palhaço de circo como base, lembrando até a atuação de um Charles Chapplin, marcou época, reuniu muitos fãs, fez sucesso e trouxe, inclusive, ganhos financeiros a Marcelo. O ciclo foi encerrado pelo próprio autor, que buscava novos empreendimentos para sua vida.

Empreender sempre foi um desejo de Marcelo Rodrigues, que ainda criança, aos 10 anos de idade, deixou um trabalho remunerado em uma fábrica de blocos em que trabalhava para ajudar a família, para montar sua própria caixa de engraxate e, como ele mesmo diz, “ser seu próprio patrão”. Nessa busca, chegou a ser dono da própria sapataria, teve lanchonete com carrinhos de lanche espalhados pela cidade de Taubaté, onde passou sua adolescência e parte da juventude.

A paixão pela arte sempre esteve presente, e foi numa emissora de rádio que colocou seu talento em função do riso, com imitações em programas variados e anúncios de patrocinadores, e por causa dessas participações, acabou sendo convidado a assistir a um rodeio, quando então, teve a ideia de criar o Meia Sola. O nome Meia Sola, foi inspirado no primeiro empreendimento, a caixa de engraxate.

Nos últimos cinco anos Marcelo estava vivendo no Japão, trabalhando e, segundo ele, “sendo bem remunerado”. Com o anúncio da volta dos eventos, após o período de interrupção pela pandemia, o lado artista de Marcelo falou mais alto que o lado empreendedor e ele resolveu investir no seu propósito, “fazer rir”.

De volta ao Brasil, retomou o personagem Meia Sola, com o suporte de seu antigo empresário, Rogério Cunha, montou novo figurino, além de novos quadros e acessórios, e nesta quinta, dia 9, estreia a nova temporada do personagem na arena do berço do rodeio brasileiro, a arena do Recinto Paulo de Lima Corrêa, em Barretos, durante o Rodeio Pela Vida, evento em benefício ao Hospital de Amor.