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Além da estética: varizes podem ser fator de risco para doenças

Especialista comenta principais problemas que podem surgir quando a condição não é tratada corretamente

Não é novidade que as varizes causam incômodo estético, principalmente, nas mulheres. Porém, se engana quem pensa que varizes devem ser tratadas somente para melhorar a aparência do corpo. Elas são um alerta de que algo não está correto com o sistema venoso.

“Por exemplo, as varizes dos membros inferiores envolvem patologias do sistema circulatório que, além do inconveniente estético, é indicativo de que a circulação sanguínea não está adequada. Em longo prazo, se não diagnosticadas e tratadas corretamente, certamente trarão complicações futuras”, explica o angiologista Guilherme Jonas.

Uma pesquisa publicada no European Heart Journal, da European Society of Cardiology, levanta a tese de que indivíduos com doença venosa crônica (DVC), frequentemente têm fatores de risco para doença cardiovascular.

“Algumas complicações de quando o problema não é tratado pode ser a embolia pulmonar. Ela é causada, geralmente, pela migração de um trombo no sistema venoso até o pulmão. Isto decorre, habitualmente, pela presença de Trombose Venosa Profunda (TVP) em membros inferiores. Entre as diversas causas importantes para trombose venosa profunda, está a presença de varizes dos membros inferiores, especialmente quando não devidamente tratadas”, sinaliza.

Tratamento

Somente um angiologista pode avaliar e indicar a melhor forma para tratar as varizes. A boa notícia é  que atualmente, graças à tecnologia, é possível tratar o problema por meio de laser.

“A  técnica persiste em introduzir uma microfibra óptica da espessura de um fio de nylon na veia. Depois, dispara o laser, por meio dela, dentro do vaso lesionado. Nesse tipo de cirurgia, utilizamos também um ultrassom doppler onde podemos visualizar o que acontece durante o procedimento e controlar o raio que é disparado intravenosamente”, revela.

Esse método, além de ser menos invasivo, proporciona uma recuperação mais rápida. “O paciente tem alta no mesmo dia, pode retornar às atividades cotidianas dentro de 24 horas e praticar exercícios mais pesados depois de uma semana”, completa Guilherme.

Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular. É diretor clínico e fundador da clínica que leva o seu nome, com unidades no bairro Castelo e bairro Eldorado, em Belo Horizonte e Contagem (@drguilhermejonas).