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Seis roteiros para curtir o Vale Europeu durante a Oktoberfest

Os milhares de brasileiros que visitam o Vale Europeu Catarinense em outubro têm destino certo: os pavilhões da Oktoberfest Blumenau, entre os dias 5 e 23. É para lá que todos vão à noite, atrás das bandinhas típicas e do chope gelado. Mas e quando o sol reaparece?

O que muita gente não sabe é que essa região de Santa Catarina tem se destacado como um novo destino turístico de ano inteiro, reunindo atrações variadas, da gastronomia ao esporte, das lojas e tours de fábrica até caminhadas em meio à natureza.

Esse incremento gradativo do turismo pode ser percebido no sucesso de municípios vizinhos, como Pomerode, que tem o reconhecimento da ONU, e em novos empreendimentos voltados ao lazer.

Pela quantidade de opções, é recomendável que o turista reserve mais dias de viagem. Mas mesmo para quem tem pouco tempo, é possível ver e sentir o essencial do Vale Europeu seguindo as dicas abaixo:

1 – Tour de Fábrica da Nugali Chocolates

Visitar a fábrica da Nugali em Pomerode é mergulhar num mundo novo de sabores e aromas. A marca revolucionou o mercado nacional, em 2004, ao introduzir os chocolates bean to bar, quando o fabricante controla a produção desde a plantação de cacau até o consumidor. No tour, o visitante conhece uma estufa com pés de cacau, desafia o olfato e o paladar em experiências sensoriais e compreende o processo produtivo a fundo.

O passeio termina na loja de fábrica, onde é possível provar as delícias tomando um cafezinho.

Mais informações em www.nugali.com.br

2 – Rota do Enxaimel

Quem visita a Nugali Chocolates tem a oportunidade de estender a visita pela Rota do Enxaimel, onde fica a fábrica, em Pomerode. É uma via de 16 quilômetros com 50 casas construídas nessa técnica construtiva trazida pelos imigrantes alemães. Toda a área é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em dezembro de 2021, a Rota foi escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma das melhores vilas turísticas do mundo. Saltam aos olhos a beleza da arquitetura, dos morros cobertos de verde e a convivência do turismo com a agricultura familiar. Além das casinhas típicas, o roteiro tem restaurantes familiares, lojas de bolachas caseiras, opções de hospedagem e passeios junto à natureza.

A visita pode ser feita de carro ou na companhia de guias especializados. Mais informações no site www.rotadoenxaimel.com.br/

3 – Lojas de fábrica

Além do turismo, a economia do Vale Europeu tem forte relação com a indústria. É o segundo maior pólo têxtil do Brasil, com marcas reconhecidas em todo o país. Nas sedes dessas empresas, há lojas de fábrica com preços especiais aos visitantes.

A Karsten, em Blumenau, acaba de inaugurar mil metros quadrados de loja cuidadosamente planejada. Em meio aos produtos de cama, mesa e banho, o turista pode ver um tear em pleno funcionamento. Há também um trenzinho que leva os visitantes para conhecer a indústria por dentro.

Mais perto do Centro, a Hering mantém um outlet e um belo museu que conta a história da marca. Logo ao lado fica o jardim suspenso projetado pelo famoso paisagista Roberto Burle Marx, que também recebe visitantes.

Outra dica é conhecer uma fábrica de cristais. Na Oxford, em Pomerode, é possível ver artesãos soprando a matéria-prima incandescente até tomar a forma de uma delicada taça, vendida na loja que fica em frente.

4 – Gastronomia da imigração

No Vale Europeu come-se bem, muito bem. Nos cafés coloniais, as famosas cucas, geleias de frutas, strudel de maçã (massa folhada amanteigada), Heringsbrot (pão, ovo e sardinha na salmoura) e embutidos, como linguiças e morcillas,

ganham destaque no buffet em que você pode se servir à vontade. O Cafehaus Glória, em Blumenau, é parada obrigatória.

Nos restaurantes típicos alemães, impossível não provar o marreco recheado acompanhado de repolho roxo e purê de maçã. O mais famoso é servido no restaurante Abendbrothaus, no bucólico distrito de Vila Itoupava, estrelado em guias nacionais por vários anos consecutivos.

Outra dica é levar para casa iguarias da região. É caso da linguiça Blumenau — na versão tradicional ou patê. A linguicinha húngara, apimentada e para aperitivar, tem receita exclusiva e só se encontra por lá. É impossível comer uma só. Há ainda o Köchase (queijo fundido), o creme de parmesão (Kraeuterkaese) da Pomerode Alimentos e as conservas de legumes. Só se tiver coragem: experimente a conserva de cebola com peixe, o conhecido rollmops.

5 – Circuitos do Vale Europeu

Fica no Vale Europeu o primeiro e mais famoso circuito de cicloturismo do Brasil. Visitantes do país inteiro e também do Exterior pedalam por mais de 300 quilômetros em estradas rurais, com paisagens incríveis. O passeio completo, cruzando nove municípios, dura até sete dias, a depender da velocidade. Sozinho ou em grupos, o ciclista não precisa ser atleta, mas é importante que tenha o hábito de pedalar.

No circuito para caminhantes, são cerca de 200 quilômetros por um trajeto autoguiado. A pé ou de bicicleta, ao longo do percurso há hospedarias, restaurantes e o carinho dos moradores do Vale habituados a receber os visitantes.

www.valeeuropeucatarinense.com.br/

6 – Parques para toda a família

O Vale Europeu tem atrações para jovens, adultos, crianças e idosos. Isso vale também para os parques, que estão cada vez mais numerosos e variados.

Empresários acabam de inaugurar em Pomerode o Alles Park. São 5 mil metros quadrados de área com oito atrações, entre elas um espaço gelado com escorregadores, iglus e bonecos de neve. Na mesma cidade há o zoológico mais antigo do Sul do Brasil e a infantil Vila Encantada, com brincadeiras e réplicas gigantescas de dinossauros.

Para quem quer um piquenique ou relaxar sob o sol, Blumenau tem o Parque Ramiro Ruediger e Timbó, o Jardim Botânico. Também existem na região opções de passeios junto à natureza, com cachoeiras e parques naturais, além das charmosas represas de Rio dos Cedros, em montanhas que ficam a pouco mais de uma hora de Blumenau.

A 40 quilômetros de distância, na entrada do Vale, fica o Beto Carrero World, que pode ser acessado num bate-volta pela BR-470.