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Mitos e verdades sobre clareamento dental

Especialista explica o que é, quem pode fazer, tempo de duração e quais sãos riscos

O clareamento dental é uma técnica odontológica que existe desde o século XIX. Na modernidade, o procedimento consiste em mudar a tonalidade dos dentes com um processo químico ou por radiação de laser. Em um mundo de redes sociais, repleto de stories, selfies e lives, exibir um sorriso “branquíssimo” se tornou o desejo de muitas pessoas.

Segundo o cirurgião-dentista, especializado em estética bucal e implantes dentários, Sidnei Goldmann, o clareamento dental é seguro e pode ser realizado já na adolescência, a partir dos 15 anos, após avaliação criteriosa dos tecidos e das raízes dentárias. Fatores como a sensibilidade e a tonalidade dos dentes também são avaliados.

“Dentes brancos e alinhados têm, nos tempos modernos, apelo estético. O sorriso está muito valorizado. Os adolescentes estão mais interessados pelo clareamento porque, no padrão atual, ter os dentes branco é uma forma de se destacar no ‘quesito beleza’. Não podemos nos esquecer que essa é uma fase delicada da vida, a autoafirmação e a construção da identidade estão acontecendo. Além disso, tenho clientes artistas, influenciadores e formadores de opinião em suas respectivas áreas que precisam muito da técnica.”

O clareamento “caseiro”, como o próprio nome diz, é realizado em casa, mas tem o acompanhamento do cirurgião-dentista. “Fazemos um molde, de acordo com a arcada dentária do paciente. É muito parecido com uma plaquinha de bruxismo. Nele, é aplicado um gel (composto de peróxido de hidrogênio ou peróxido de carbamida), que reagirá em contato com os dentes, provocando o clareamento.

O período de uso do gel é limitado. Quando feito de forma incorreta ou ultrapassa o tempo indicado pelo profissional, o produto poderá causar sensibilidade, desidratar os dentes e provocar queimaduras no tecido gengival. Por todos esses motivos, o tratamento exige o acompanhamento de um profissional especializado”, enfatiza Goldmann.

Para as pessoas mais velhas, o profissional indica a associação do tratamento caseiro com o do consultório – um gel mais potente e também a radiação por laser para obter o branco desejado.

O profissional destaca alguns mitos e verdades sobre o clareamento dentário:

1 – Os dentes dos jovens clareiam mais rápido?

Verdade. Os dentes dos adolescentes são mais sensíveis aos componentes do gel clareador. Isso possibilita um resultado mais rápido em menos tempo.

2 – O clareamento enfraquece os dentes?

Mito. A ação dos géis de clareamento pode provocar sensibilidade, mas não prejudica os dentes. A sensibilidade passa com o final do tratamento.

3 – Restaurações e implantes também mudarão de cor?

Mito. Apenas os dentes naturais terão a tonalidade alterada com o tratamento.

4 – Alguns alimentos e bebidas devem ser evitados?

Verdade. Por conta da pigmentação, é melhor evitar, durante o tratamento, café, vinho tinto, chá preto, chocolate, açaí, refrigerantes a base de cola, entre outros.

5 – Qualquer pessoa pode fazer clareamento dental?

Mito. Gestantes ou mulheres que amamentam, pessoas com hipersensibilidade aos produtos utilizados para o clareamento, pacientes com retração de gengiva severa ou com muitas restaurações devem evitar o procedimento.

6 – As pastas de dente branqueadoras clareiam mesmo os dentes?

Verdade. O efeito não é igual ao tratamento profissional. No entanto, a versão branqueadora dos cremes dentais possui agentes abrasivos que podem retirar manchas superficiais e tornar o dente mais branco.

7 – Os dentes podem voltar a escurecer após o tratamento?

Verdade. Isso não tem nada a ver com a técnica aplicada ou com o tratamento. Os hábitos alimentares, a higiene incorreta e o fumo podem escurecer os dentes novamente após alguns anos.

Dr. Sidnei Goldmann atua há mais de 30 anos na área de saúde bucal, é graduado em estética bucal, especialista em implantes dentários, membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética e da Academia Americana de Osseointegração. Foi um dos pioneiros no uso de facetas laminadas (iniciou em 1993) no uso de aparelho invisível para tratamento ortodôntico.