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Veja como o Brasil, a Sérvia e outros países da Copa gritam ‘gol’ no futebol

O ‘Gol’ ainda é o termo mais utilizado entre as 32 seleções participantes da Copa do Mundo do Catar; a palavra inspirou outros termos utilizados pelos brasileiros nas partidas futebolísticas

Falta pouco para a seleção brasileira entrar em campo, iniciando sua jornada pelo hexa contra um time europeu: a Sérvia. Se vamos gritar “Gol” ou se eles gritarão “Branka” é o que ainda vamos descobrir. Seja qual for o resultado, na fase de grupos, ainda enfrentaremos os que gritam “Goal” (seleção dos camarões) e “Tor” (seleção da Suíça).

Nas demais equipes, ainda há pelo menos 15 jeitos diferentes de se comemorar os pontos no futebol, segundo uma pesquisa da Preply. A plataforma de idiomas analisou como os 32 países participantes da Copa do Mundo do Catar gritam em seus idiomas oficiais quando a bola entra na rede. Alguns países possuem mais de um termo, por adotarem mais de um idioma oficial. As marcantes palavras utilizadas pelos torcedores e narradores estrangeiros carregam um pouco da história de cada nação.

O ‘Gol’ é o termo que predomina, está presente em 15 dos 32 países selecionados para a Copa do Mundo de 2022. Importamos a palavra da expressão “goal” que significa “meta” e tem origem provável no inglês arcaico “gal”, ou “obstáculo”, segundo o dicionário etimológico do sociólogo americano Douglas Harper. Em seguida, vem a palavra inglesa, com 10 países.

Muitos “Gols” no Brasil

No Brasil, o primeiro registro que se tem conhecimento da palavra gol foi na revista “O Malho”, publicada em em 1904, de acordo com o dicionário Houaiss. Tão logo adotamos o vocábulo, ele já se ramificou para definir vários tipos de gols diferentes. Segundo o dicionário Aurélio, temos pelo menos quatro tipos de termos para diferentes marcações de pontos. Gol contra, quando um time marca um ponto involuntariamente contra sua própria equipe; Gol de honra, o único gol marcado por uma equipe derrotada.

O famoso “gol de placa”, conceito criado a partir de um gol espetacular feito por Pelé em 1961, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Aos 40 minutos do primeiro tempo entre Santos (time de Pelé) e Fluminense, o jogador brasileiro driblou sete adversários não dando chance ao goleiro Castilho de impedir o gol mais bonito de sua carreira. O feito lhe rendeu uma placa honorária, confeccionada pelo jornalista Joelmir Beting.

Por fim, o “gol olímpico”, que é feito a partir de uma cobrança de escanteio. O primeiro gol de que se tem notícia saiu em um jogo entre Argentina e Uruguai, no ano em que os uruguaios foram campeões olímpicos de futebol, por isso o termo.

Bramka, Tor, Gôl e outros: a diversidade europeia

Vários países europeus escolheram nomes distintos para comemorar seus “gols”. Na Polônia, a palavra “Bramka” é utilizada.

A Suíça chama de “Gool”, já Alemanha utiliza o termo “Tor”  que também quer dizer “portão”. No campo, é a palavra que foi utilizada pelos alemães sete vezes no dia 8 de julho de 2014, no estádio do Mineirão.

Nossos mais dolorosos rivais também têm um vocabulário futebolístico amplo. Quando dizem “eigentor”, literalmente “gol próprio”, estão se referindo a um gol contra. Existe também o “Wembley-Tor”, palavra em alemão que quer dizer “O Gol de Wembley”. Este um dos mais polêmicos da história do futebol.

Ocorrido na Final da Copa do Mundo FIFA de 1966, entre Alemanha e Inglaterra no estádio londrino de Wembley, foi realizado pelo inglês Geoff Hurst. Aos 11 minutos da prorrogação, ele chutou a bola no travessão, ela quicou para dentro da área do gol e saiu. Apesar do árbitro suíço Gottfried Dienst ter validado o gol, até hoje persiste a dúvida se a bola teria entrado ou não.

Quando algum gol semelhante acontece, os alemães o chamam de “Wembley-Tor”.

Nossos colegas portugueses utilizam “golo”, em vez de “gol”, enquanto na Dinamarca e Croácia as palavras populares são “Mal” e “Cilj”, que se lê “see”.

Os sons da Ásia e África

No Japão, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Tunísia, Irã e o anfitrião da Copa, Catar, os nomes dos “gols” podem ser difíceis de pronunciar, por seus alfabetos ideogramáticos, compostos de símbolos e sinais. O primeiro país chama de “ゴール” , ou “gôru”, mas lê-se “gori”. Já as nações do Oriente Médio e da África dizem “هدف”, ou “hadaf”, mas lê-se “redaf”. Por fim, a terra do kpop é a que mais se aproxima do nosso termo. Por lá, eles dizem “골” ou “gol”, mas leem algo como “rull”.

Sobre a Preply

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem que conecta milhões de professores nativos a alunos de todo o mundo. A empresa fundada em Kiev, na Ucrânia, e que conta com escritórios em Barcelona, Espanha, já alcançou mais de 140 mil professores que ensinam 50 idiomas em 203 países ao redor do planeta. A solução proporciona uma relevante e eficiente experiência de aprendizado a preços justos. Mensalmente, a Preply realiza pesquisas nas áreas de educação, mercado, estilo de vida e outros temas relevantes para o mundo globalizado.