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Os perigos do exagero: Aumenta a procura pela retirada de preenchimentos estéticos

Entre Flávia Pavanelli, Lucas Lucco e Gabi Martins, o cirurgião pioneiro da lipoaspiração no Brasil explica as melhores estratégias e comenta os riscos: “as pessoas estão ficando deformadas”

(Flávia Pavanelli antes e depois da retirada de preenchimentos. Reprodução Instagram)

Que os preenchimentos faciais seguem em alta, não há novidades. Entretanto, o oposto tem se tornado cada vez mais frequente entre as personalidades que buscam a estética perfeita. Flávia Pavanelli, Lucas Lucco, Gabi Martins e até mesmo as Kardashians-Jenner recentemente apareceram com um visual mais natural. Mas reverter os procedimentos pode não ser tão simples quanto parece, de acordo com o Dr. Luiz Haroldo Pereira, pioneiro da lipoaspiração do Brasil.

“Produtos sintéticos como o metacrilato ou o aqualift, por exemplo, são de difícil absorção e podem levar a um endurecimento da face. Então a retirada se torna ainda mais complicada e pode deixar algumas deformidades, infecções e sequelas irreversíveis.”

Grandes volumes, grandes complicações

De acordo com o médico, a recomendação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e de todos os congressos sobre estética é que “o mais é sempre muito”, ou seja, quando o assunto é preenchimento, deve-se trabalhar com o mínimo. “As pessoas vêm exagerando cada vez mais, colocando ácido hialurônico em grandes quantidades, principalmente nos lábios e maçãs do rosto. Além de ficarem todas iguais, ficam com um aspecto muito ruim”.

De acordo com o médico, um dos pontos mais importantes, principalmente quando se opta por mais volume, é a escolha do material. “Quando é utilizado o ácido hialurônico, por exemplo, e o paciente deseja fazer a retirada, aplicamos a hialuronidase.” Porém, a substância para preencher não é das mais baratas. “Algumas pessoas vem usando entre 10 e 20 ampolas, o que pode chegar a custar R$ 40 mil.”

Mas mesmo optando pela substância mais cara, o processo pode não ser reversível em caso de exageros. De acordo com o cirurgião, em determinadas situações, é necessário esperar de 8 meses a um ano para que o ácido seja absorvido pelo corpo e mesmo assim, poderá deixar deformidades.

Sequelas irreversíveis

No caso do polêmico e controverso PMMA, ou polimetilmetacrilato, a situação fica ainda mais complexa. Quase 10 vezes mais barato que o ácido hialurônico, o produto pode causar sérios danos à saúde após a sua aplicação.

Já em caso de retirada, o problema se torna ainda maior. De acordo com o doutor Luiz Haroldo, o material se enrijece e é necessário um processo mais agressivo para a retirada. Além do altíssimo risco de infecções, a chance de não causar deformidades é quase nula.

Ao natural

Para quem, mesmo assim, quer investir em uma harmonização ou preenchimento, o médico indica o enxerto de gordura. “É o tipo de procedimento que só é feito por um cirurgião experiente também em lipoaspiração e dificilmente cai no excesso. E se, porventura, houver o exagero, a retirada é fácil através da microlipoaspiração.”

Para o enxerto, o cirurgião retira uma pequena quantidade de gordura do abdômen e a prepara. “Essa gordura tem uma boa quantidade de células tronco, que dão uma excelente qualidade para a pele, além de muito colágeno e elastina. Então a minha preferência é sempre por esse método”.

Saiba mais sobre Dr. Luiz Haroldo Pereira

Dr. Luiz Haroldo Pereira, que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. O médico já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e hoje é regente do capítulo de lipoaspiração da SBPC.

www.drluizharoldo.com.br/ 

www.instagram.com/luizharoldopereira