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7 dicas de arquiteta para decorar a sala

Alguns cuidados básicos podem garantir o sucesso de um projeto de decoração

Se fosse um endereço, a sala seria a Avenida Paulista, tamanha a importância dela dentro de uma casa. É o centro social onde a família convive, recebe amigos ou simplesmente aquele lugar onde a gente se joga no sofá pra não fazer nada diante da TV. Com tantas utilidades, a sala exige atenção especial na decoração. A arquiteta e urbanista Rafaela Costa, gestora de projetos da Criare Campinas, recomenda cuidados redobrados com a tendência de integração dos ambientes, a escolha dos móveis, revestimentos e estilo. “Os espaços precisam ‘conversar entre si’ para que haja harmonia e um ambiente não destoe do outro. Por isso, planejamento é a palavra chave para garantir um design eficaz”, diz Rafaela.

Se a intenção é ter uma casa atemporal, cujos revestimentos e móveis se mantenham atualizados com o passar dos anos, tome cuidado com os modismos e peças muito marcantes, que podem deixar seu projeto datado. “Os projetos têm buscado cada vez mais por itens atemporais. Por isso a escolha das madeiras, das cores da marcenaria, pisos e revestimentos deve ser feita com cuidado. O que está em alta hoje, pode estar em desudo daqui a 10 anos”, explica Rafaela.

Tons neutros e madeira garantem decor atemporal

A dica é escolher itens que não saem de moda, como a madeira e os marmorizados. “Nesse caso, é preciso atentar para as cores e texturas que serão utilizadas. As marcas têm lançado produtos com cores variadas e elas estão em alta agora, mas quando a gente tem modelos mais coloridos, tem que tomar cuidado para não enjoar. O ideal é escolher peças mais neutras, eleger um ponto de destaque no ambiente e usar cores e texturas em acessórios e objetos menores, que podem ser trocados com o tempo ou aproveitados em outros cômodos”, orienta Rafaela.

Tamanho não é tudo

Um erro comum é se encantar com aquele sofá super lindo e confortável e não se atentar ao tamanho. Na hora de escolher os móveis, Rafaela sugere atenção à proporção deles em relação ao tamanho da sala, para não comprar comprometer o design e a circulação. “Comprar por impulso, sem pensar no ambiente como parte de toda a casa também pode comprometer o projeto. Antes de investir em um móvel, é preciso ter todas as medidas e montar o espaço. Um sofá muito grande, por exemplo, pode reduzir o espaço para uma mesa de centro ou mesas laterais”, comenta.

Verifique as medidas do móvel e da sala antes da compra

Bonito e funcional

Outro erro comum que Rafaela costuma ver em projetos é escolher móveis ou objetos apenas pelo design ou por estar na moda sem considerar o uso que a pessoa vai ter no dia a dia. “A escolha tem que levar em conta a funcionalidade também. Dá para alinhar um belo design à funcionalidade. A peça tem que fazer sentido para os moradores”, explica.

Detalhes que fazem a diferença

Quando os ambientes são integrados, a iluminação ganha ainda mais importância. “Se a gente vai criar uma sala de TV integrada à sala de estar e cozinha, por exemplo, deve-se pensar em uma forma de dar mais privacidade ao ambiente, garantindo a acústica e a iluminação adequada. Nesse caso, uma porta do tipo painel cumpre bem a função de separar os ambientes”, ensina a aquiteta.

Uma cortina blackout também pode ser usada para deixar o ambiente mais escuro para assistir televisão. “A ergonomia é outro fator que deve ser levado em consideração: a altura da tela em relação à posição do sofá deve ser adequada para que não fique nem muito alta, nem muito baixa. E esse cálculo é variável porque considera altura do sofá, tamanho da tela e a distância da tela para o sofá. É preciso atenção. A luz também define os ambientes em conceito aberto, destaca obras de arte e cria o aconchego quando necessário”, reforça.

Ambientes integrados requerem uniformidade na escolha dos materiais

Pontos elétricos

Os eletroeletrônicos estão em todos os lugares da casa. O projeto elétrico precisa levar isso em conta. “Enquanto se planeja a sala já é preciso prever as posições dos equipamentos, criar vários pontos elétricos nas posições estratégicas e prever que a tecnologia vai aumentar ainda mais. Sempre convém ter tomadas a mais. Na decoração industrial, com a tubulação elétrica à mostra, ainda há alguma flexibilidade para atualizar tomadas ou até mudá-las de lugar com o passar do tempo, mas quando os fios estão dentro da parede, o planejamento prévio que leve em conta os planos futuros da família para aquele ambiente vai economizar em reformas futuras”, conta a arquiteta.

Mood board

Mesmo pensando em tantos detalhes, há quem tenha dificuldade de visualizar o ambiente. A arquiteta recomenda a confecção do chamado mood board, um quadro que tem amostras das cores, materiais, texturas e revestimentos que se pretende usar no espaço. “Esse quadro ajuda a avaliar se os materiais vão combinar de uma forma harmoniosa e ajudam a pessoa a visualizar a composição do cômodo”, afirma Rafaela.

 Atenção à iluminação e pontos elétricos

Acessórios fazem a diferença

Depois de definido o design, os móveis e revestimentos, é hora de preencher os espaços com acessórios como tapetes, almofadas, plantas e objetos decorativos. “Quando a base do projeto estiver pronta, é hora de escolher quadros, objetos decorativos e outros acessórios. Eles são o complemento de um projeto e podem trazer o toque que cor e aconchego para dar mais vida a um espaço”, completa a arquiteta.