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Confira as principais diferenças entre os vinhos brancos, rosés e tintos

Especialista da Casa Perini explica a elaboração e as características de cada um dos tipos de uma das bebidas mais antigas do mundo

Há inúmeros tipos de vinhos para escolher e, muitas vezes, pode ser difícil selecionar o ideal para cada momento, como a harmonização para aquele jantar especial, por exemplo. O vinho é uma bebida versátil que se harmoniza com diversos pratos, tanto doces quanto salgados, além de agradar aos mais diferentes paladares. Segundo estudo do Mercado de Vinhos, 28% dos brasileiros aumentaram o consumo nos últimos anos. A pesquisa aponta, ainda, que 20% dos que vivem no Brasil passaram a beber em ocasiões diferentes, e 15% costumam consumir sozinhos.

O vinho é obtido a partir da fermentação das uvas sãs e frescas; e com todos os diferentes tipos existentes, dentre eles os rosés, tintos e brancos, é fácil ficar confuso. Segundo Pablo Perini, sommelier da Casa Perini, o trio clássico dos brancos, tintos e rosés dá conta de qualquer situação ou harmonização com comida. O vinho tinto é obrigatoriamente elaborado ao fermentar em contato com as cascas das uvas tintas, pois são nelas que estão os compostos responsáveis pela cor que o define. Na parte interior da casca, ou seja, na polpa, o suco é de cor clara tal qual nas uvas brancas, além disso os chamados taninos que lhe darão estrutura, corpo e longevidade, também, se encontram nas cascas escuras deste tipo de uva.

O vinho branco é produzido de uvas de casca clara e além disso fermenta na ausência das cascas, gerando um um sabor mais leve e com muito frescor. Já o vinho rosé clássico é elaborado a partir de uvas tintas que fermentam em contato com as cascas por menor tempo, adquirindo apenas parte de sua cor e dando a ele um perfil de sabor único e elegante. “Um contato muito breve transforma as uvas tintas em vinho rosé de cor muito sutil e delicada, um contato um pouco maior deixa o rosé com cor mais intensa e o contato longo origina o vinho tinto”, explica o especialista. Vale lembrar que se pode elaborar também o vinho branco a partir das uvas tintas, processo no qual fermenta-se apenas a polpa extraída do grão que por si já tem também cor branca, gerando o que os franceses chamam blanc de noir, ou branco de tinta”. Complementa.

Ainda de acordo com Pablo Perini, cada variação das citadas acima traz um sabor e uma proposta diferente. Os tintos são mais encorpados de sabor, enquanto os brancos tendem a ser leves e frescos. Já os rosés podem oferecer uma alternativa ampla de perfis, uma vez que a escolha do enólogo vai de um tom levemente rosado até quase tinto leve. “Todos os três tipos de vinho podem ter diferentes níveis de doçura, variando de seco, demi-sec (ou meio-seco) a doce. Quando se trata de harmonização de alimentos, os vinhos tintos geralmente combinam melhor com carnes vermelhas, enquanto os vinhos brancos são mais apreciados com pratos mais leves, como peixes e saladas. Já os vinhos rosés podem ser combinados com uma variedade ampla de alimentos, dependendo da intensidade extraída”, comenta.

Também segundo Pablo Perini, da Casa Perini, existe harmonizações por contraste, que equilibra as características entre vinho e prato por perfis diferentes. É o que ocorre quando se combina um vinho branco licoroso e doce com um queijo azul bastante salgado como o gorgonzola, por exemplo. Ou então um vinho tinto seco pode combinar com um bacalhau, que por ser um peixe curado e de sabor intenso dá conta do vinho. “É importante o consumidor interessado aprender as noções técnicas de dicas e harmonizações feitas pelos profissionais para potencializar a apreciação, mas em última instância o que reina é o gosto pessoal de quem bebe. O importante é ser feliz e se permitir experimentar o diferente para descobrir as próprias preferências”, finaliza.

Indicações Casa Perini

Vinho Branco

Serinna é um vinho que apresenta acidez intensa no paladar com corpo médio. É de boa cremosidade, final longo e refrescante. Harmoniza com saladas leves como caprese, aves, peixes, frutos do mar, comida asiática, pratos à base de ervas finas ou agridoce. Ele remete aromas de pêssego, nectarina, ananás, maracujá, lima, jasmin e broto de tomate.

Vinho Rosé

O vinho Drella possui corpo médio/intenso e final longo e refrescante. Ele possui aromas que remetem a pomelo, pitanga, acerola, tomate cereja e florais como rosas e harmoniza com saladas com prosciutto ou com molhos como ceasar, além de aves, ceviche, rosbife, tartar, risotos ou massas com queijos leves e ervas.

Vinho Tinto

O Vinho Benildo revela sua distinta personalidade e exige cuidados extremos desde o vinhedo, além de paciência para o seu perfeito amadurecimento. Ele é classificado como Blend através do corte harmônico de cinco castas, 38% Cabernet Sauvignon, 27% Cabernet Franc, 13% Tannat, 3% Alicante Bouschet e Merlot 19% ,de três safras históricas e distintas, 2014, 2018 e 2020. Harmoniza com carnes vermelhas e de caças braseadas ou ao forno e guarnecidas de vegetais; massas ou risotos com molhos como cogumelos, bacon e fiambres curados, além de queijos maturados com charcutaria fina.

Sobre a Casa Perini

Em 1929 o filho de imigrantes italianos João Perini começou a elaborar seus primeiros vinhos de forma artesanal, no Vale Trentino, em Farroupilha. Quatro décadas após o patriarca iniciar sua modesta produção, seu filho viria promover mudanças. “Em 1970 resolvi ampliar os negócios da família, fundando a Casa Perini. Motivado e apaixonado por transformar a uva em vinho, busco a cada ano aperfeiçoar a vinícola com equipamentos, tecnologia e equipe qualificada” afirma Benildo Perini. O reconhecimento vem a cada prêmio alcançado e a cada consumidor satisfeito, o que se comprova com a conquista de mais de 500 medalhas nacionais e internacionais e com a premiação do Casa Perini Moscatel, eleito o 5° melhor vinho do mundo de 2017 pela WAWWJ (World Association of Writers & Journalists of Wines & Spirits).