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Cinco mitos e verdades sobre o uso de prótese de silicone em mulheres após tratamento de câncer de mama

De acordo com o Inca, tumor é o mais incidente no país e deve acometer cerca de 74 mil pessoas anualmente até 2025

O diagnóstico de um câncer sempre vem acompanhado de preocupações, medos, incertezas e quando se trata do tipo de mama o tumor ainda gera nas mulheres diversos problemas emocionais, incluindo a baixa autoestima, ocasionada pelo possível procedimento de mastectomia, que consiste na retirada cirúrgica da mama. Entretanto, com o avanço da medicina, atualmente é possível nesses casos, fazer a reconstrução mamária. 

Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto explica que nem sempre é necessário o procedimento de retirada da mama e que a doença geralmente é heterogênea, ou seja, os tratamentos tendem a ter bons resultados, principalmente quando o tumor é descoberto em fase inicial. “Devido à importância da mama, sempre que possível tenta-se preservar o órgão ao máximo. Em casos que necessitam da mastectomia parcial ou total, após o tratamento, a ideia da reconstrução mamaria através do implante de prótese de silicone pode devolver a auto estima da mulher. Entretanto, vale ressaltar que, apesar deste tipo de tumor sofrer grande variação em suas características morfológicas e moleculares, na maioria dos casos, quando diagnosticado em tempo oportuno e tratado adequadamente, apresenta bom prognóstico.”

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer – Inca, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente no país, com 74 mil novos casos previstos para cada ano até 2025. O maior risco estimado é observado na Região Sudeste, sendo cerca de 84 casos a cada 100 mil mulheres.

Conheça abaixo oito mitos e verdades sobre a reconstrução mamaria com silicone.

– Quem já teve câncer de mama pode colocar silicone.

Verdade – Pacientes que trataram câncer de mama e foram submetidas a cirurgias de retirada parcial ou total dos seios podem realizar cirurgias plásticas de forma segura, seja com uso de prótese ou com outros métodos disponíveis como o uso de músculo ou gordura da própria paciente. Antes é importante conversar com seu médico sobre os riscos e benefícios para que seja tomada a melhor decisão para sua situação específica.

– A cirurgia é obrigatória.

Mito – A reconstrução mamária não é uma cirurgia obrigatória. A escolha final sempre será da paciente, desde que o caso dela permita o procedimento. Este tipo de cirurgia não é indicado para toda mulher que teve câncer de mama, a indicação depende de cada caso e da agressividade da doença.

– É possível fazer a reconstrução da mama logo após a cirurgia de retirada.

Verdade – Está se tornando comum a realização de cirurgia plástica reparadora no mesmo momento da retirada do câncer de mama. Entretanto, pacientes recém diagnosticadas, que estão na fase de planejamento do tratamento, devem falar com seu médico sobre as opções mais indicadas para seu caso.

-A reconstrução de mama aumenta os riscos de reincidência do câncer.

Mito – A reconstrução não aumenta os riscos. Caso o tumor volte, as mamas reconstruídas não irão dificultar a detecção ou o tratamento da doença.

– A mulher pode amamentar depois da reconstrução.

Mito – Após a mastectomia não é possível a amamentação. A cirurgia retira todo o tecido mamário, incluindo as estruturas necessárias para a amamentação. Entretanto, em casos da retirada de apenas uma das mamas, tendo a outra preservada, podem conseguir amamentar normalmente com o seio saudável.