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Mounjaro chega ao Brasil como aposta no tratamento de diabetes tipo 2 e no tratamento da obesidade

Medicamento oferece resultados promissores na perda de peso e no controle da glicemia, mas deve ser utilizado com orientação médica

Metabolismo lento atrapalha o emagrecimento? Nutróloga responde – foto: Pexels

 

Desenvolvido inicialmente para o tratamento de diabetes tipo 2, o Mounjaro – nome comercial para Tirzepatida – acaba de chegar ao Brasil como uma das principais apostas para o emagrecimento para quem quer emagrecer com segurança e acompanhamento médico. A medicação age sobre dois hormônios intestinais, o GIP e o GLP-1, que desempenham papéis fundamentais no controle da glicemia e na promoção da saciedade, é o que conta a médica Luiza Pereira Lima, especialista em Tratamento de Obesidade da Verte Clinic, centro de referência em emagrecimento e mudança de estilo de vida.

Além de contribuir para o controle glicêmico, especialmente em pacientes com dificuldades de resposta a outros antidiabéticos, o Mounjaro também tem se destacado como método para perda de peso, sinaliza a médica. Isso por que ele retarda o esvaziamento gástrico, diminuindo a fome, promovendo a saciedade após as refeições e melhorando a sensibilidade à insulina. Estudos clínicos demonstraram que, aliado a mudanças no estilo de vida, o medicamento pode proporcionar resultados comparáveis aos de uma cirurgia bariátrica.

“A obesidade é uma doença crônica e, por isso, requer tratamento contínuo e multidisciplinar. O Mounjaro representa um avanço importante, mas deve ser utilizado com responsabilidade e sempre sob orientação médica”, explica Luiza. A Tirzepatida combina dois mecanismos hormonais em uma única molécula, ocasionando a potencialização terapêutica. Entre suas principais ações estão o estímulo à secreção de insulina, a redução da produção de glicose pelo fígado, e melhora da sensibilidade à insulina, o controle do apetite e a regulação do metabolismo das gorduras.

Como todo medicamento, o Mounjaro pode causar efeitos colaterais, principalmente no início do tratamento. Náuseas, vômitos, diarreia, constipação, refluxo, gases e reações no local da aplicação são alguns dos sintomas relatados. Em casos mais raros pode haver pancreatite, hipoglicemia (especialmente quando usado com insulina ou sulfonilureias) e reações alérgicas.

Por esses motivos, o uso da tirzepatida exige prescrição médica e acompanhamento rigoroso, para avaliar riscos e benefícios em cada caso. “A medicação pode ser uma aliada poderosa, mas não substitui hábitos saudáveis. Alimentação equilibrada, atividade física e acompanhamento médico continuam sendo pilares essenciais no tratamento da obesidade e da diabetes tipo 1”, reforça Luiza Pereira Lima.

Luiza Pereira Lima – foto: Daniel Sant

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