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Inteligência Artificial vira curso superior e deve impulsionar a profissão de gestor de IA

Cursos de graduação em universidades públicas e privadas se disseminam, incorporando ao mercado novos saberes, avalia especialista de grupo de ecossistema de inovação

imagem: Freepik

 

A profissão de gestor de inteligência artificial, que começa a se estabelecer no Brasil, deverá ganhar novas características já nos próximos anos. É que instituições de ensino superior, tanto públicas como privadas, começam a incluir o bacharelado em Inteligência Artificial em suas grades de cursos de graduação. Assim, novos saberes deverão ser incorporados.

Um dos mais recentes cursos foi lançado em março último, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Disciplinas como Aprendizado Profundo, Ética em IA, Inteligência Artificial Generativa e Modelos de Linguagem, e Engenharia de Software para Inteligência Artificial compõem a formação oferecida. Ênfase na prática e parcerias com o setor produtivo são destacadas.

Já o primeiro curso superior em Inteligência Artificial foi criado em 2019 pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com primeira turma a partir de 2020. Gamificação, veículos autônomos, ciência de dados, mineração de dados e big data estão entre os projetos desenvolvidos. Fundamentos em computação e matemática estão na grade curricular. Em 2025, foi o curso com maior nota de corte da UFG.

No mercado, players projetam incrementos na profissão de gestor de IA. A combinação entre conhecimentos acadêmicos e projetos práticos, aplicados em conjunto com o setor produtivo, deve ampliar o leque de atribuições e competências na função, avalia o CIO do Irrah Tech, Mateus Miranda. O Irrah Tech é um grupo com sede no Paraná que desenvolve ecossistema de inovações tecnológicas voltadas ao varejo.

Miranda observa que a formação superior tem sido oferecida tanto na modalidade presencial como na educação à distância. Além das universidades públicas, instituições privadas também têm investido na oferta do bacharelado em IA, ampliando as possibilidades de acesso à graduação na área. “O gestor de IA vai se configurar como peça-chave em qualquer organização”, projeta.

A atuação do gestor de IA não estará limitada, conforme sublinha o CIO do Irrah Tech, a empresas desenvolvedoras de software. Pelo contrário, precisará se fazer presente sobretudo em organizações das mais diversas áreas, exercendo suas habilidades e competências nos setores de tecnologia da informação do varejo, indústria, agronegócio e serviços de modo geral, considera Miranda.

O especialista explica: “Incorporar inteligência artificial ao negócio não é mais questão futurística, de tendência. É realidade e cada vez mais será condição para a viabilidade do negócio. Quando correta e eticamente desenvolvida, a IA transforma a maneira como as empresas se relacionam com seus clientes e com o público, e nos processos internos. O gestor garante a aplicação e funcionamento adequados”.

Dados de mercado reafirmam a onipresença da inteligência artificial. Pesquisa da McKinsey, por exemplo, indica que 72% das empresas no mundo adotam tecnologias de inteligência artificial (IA), o que representa um crescimento de 55% em relação ao ano anterior. Ademais, 65% das corporações aumentaram seus orçamentos destinados à IA.

MAIS INFORMAÇÕES

Sobre o Irrah Tech: www.grupoirrah.com.br

Fontes sobre os cursos:

UFPE, mais recente: https://www.ufpe.br/inicio/-/asset_publisher/55e3vpMwmIA2/content/ufpe-lanca-curso-de-graduacao-em-inteligencia-artificial/40615

UFG, o primeiro: https://jornal.ufg.br/n/188062-area-de-saude-e-a-mais-procurada-e-ia-tem-maior-nota-de-corte-da-ufg e https://ufg.br/n/119709-criado-curso-de-inteligencia-artificial-na-ufg