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Entenda os tipos de anticoncepcionais e suas funções

Com diversas opções no mercado, este tipo de método pode ser usado para além de prevenir gravidez indesejada, mas também para garantir o bem-estar da mulher

Créditos: JLco – Julia Amaral/iStock

 

Desde 1962, quando a pílula anticoncepcional chegou ao Brasil, este é um método muito utilizado pelas mulheres brasileiras para evitar a gravidez e também por outros motivos. Se engana quem pensa que ele funciona somente para prevenir a gravidez indesejada, pois também serve para trazer benefícios para a saúde feminina. Entretanto, é preciso entender os diferentes tipos disponíveis no mercado, além das suas composições hormonais, para saber escolher o método mais adequado para cada perfil.

Atualmente, existem dois grandes grupos de anticoncepcionais hormonais: aqueles que são combinados, contendo estrogênio e progesterona, e os que possuem somente progesterona. Os dois tipos servem principalmente para inibir a ovulação; dessa forma, alteram o muco cervical e modificam o endométrio, o que dificulta consideravelmente a fecundação.

Anticoncepcionais combinados

Este tipo de anticoncepcional pode ser facilmente encontrado em diferentes formas: em pílulas, adesivos, anéis vaginais e até mesmo injetados mensalmente. Este método se vale da combinação de estrogênio e progesterona sintéticos para impedir a ovulação e regular o ciclo menstrual. Além disso, também ajuda na melhora de cólicas intensas, de fluxo menstrual excessivo e até mesmo de acne, em alguns casos.

Os anticoncepcionais mais conhecidos disponíveis no mercado atualmente são Diane 35, Selene, Yaz, Microvlar e Tâmisa 20. Porém este tipo de método não é recomendado para mulheres que possuem histórico de trombose, hipertensão e doenças cardiovasculares, por conta de o estrogênio aumentar consideravelmente o risco de eventos tromboembólicos.

Anticoncepcionais somente com progesterona

Este tipo de anticoncepcional é indicado para mulheres que não podem usar estrogênio, por conta do histórico familiar de trombose, por estarem em fase de amamentação ou por terem predisposição a problemas cardiovasculares.

Portanto, os anticoncepcionais deste tipo podem ser encontrados em forma de pílulas, como o Cerazette, injetáveis trimestrais, como o Depo-Provera, ou implantes subcutâneos, que é o Implanon. Sua ação é tornar o muco cervical mais espesso, e com isso, alterar o endométrio para dificultar a passagem e a implantação do espermatozoide. Dependendo do caso, também podem inibir a ovulação.

Contudo, apesar de não apresentarem os mesmos riscos do anticoncepcional com estrogênio, eles também podem causar efeitos colaterais indesejados. Entre os mais comuns, estão as alterações menstruais e a amenorreia (ausência de menstruação), o que pode ser desejado ou incômodo, dependendo da vontade da usuária.

Como escolher o melhor anticoncepcional?

Para escolher o melhor anticoncepcional, é preciso levar em conta alguns fatores: histórico de saúde, estilo de vida, idade, peso, presença de outras doenças e, principalmente, preferências pessoais. Algumas mulheres se adaptam melhor às pílulas diárias, enquanto outras preferem métodos de longa duração, como injetáveis ou até mesmo implantes.

Independentemente do caso, a orientação médica é uma etapa fundamental no processo de escolha do anticoncepcional ideal para cada caso. Consultar um ginecologista permite uma escolha mais assertiva e que leve em consideração exames, histórico familiar e necessidades específicas de cada caso. Além disso, também é importante prestar atenção no período de adaptação do corpo e como ele responde ao método escolhido, até mesmo fazendo ajustes, caso se mostre necessário.

Portanto, os anticoncepcionais podem ser usados para, além de prevenir gravidez indesejada, gerar o bem-estar da mulher. Conhecer todas as opções disponíveis no mercado e seus efeitos pode gerar escolhas mais conscientes para cada caso, já que o melhor método sempre será aquele que respeita o corpo, o desejo e o estilo de vida de cada mulher.

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