O mês de Julho Amarelo é dedicado à conscientização sobre as hepatites virais e outras doenças que afetam o fígado, um órgão extremamente importante, responsável por inúmeras funções essenciais como a desintoxicação do organismo, produção de proteínas e metabolização dos medicamentos. Esta campanha busca estimular a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, já que muitas doenças hepáticas são silenciosas e só apresentam sintomas em fases avançadas.
Uma questão importante, que vale destacar, é o uso excessivo ou inadequado de medicamentos, prática comum entre a população, mas que pode comprometer seriamente a saúde do fígado.
Segundo Jéssica Nayane, professora do curso de Farmácia da Estácio, muitos fármacos, ao serem metabolizados, podem gerar sobrecarga ou até mesmo lesões nas células hepáticas, levando a quadros como hepatite medicamentosa, insuficiência hepática e, em casos graves, à necessidade de transplante de fígado. “Analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos, fitoterápicos, chás medicinais utilizados em excesso, e até suplementos naturais sem acompanhamento profissional, estão entre os principais vilões”, explica a professora.
Diante disso, o papel do farmacêutico é fundamental. Profissionais da farmácia são agentes de saúde capacitados para orientar a população sobre o uso racional de medicamentos, identificar casos de uso indevido e promover a educação em saúde medicamentosa.
A professora Jéssica também ressalta que os farmacêuticos atuam diretamente na prevenção das hepatites virais, reforçando práticas como a vacinação (especialmente contra a hepatite B), o uso de preservativos, a não reutilização de objetos cortantes e o acompanhamento laboratorial em tratamentos que oferecem risco ao fígado.
A conscientização promovida pelo Julho Amarelo é um convite à reflexão e ao cuidado contínuo com o fígado. O uso responsável de medicamentos, aliado à orientação de profissionais qualificados, pode salvar vidas e preservar a saúde hepática de milhões de pessoas.
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