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Criminosos usam ligação muda para aplicar golpes usando IA que capta voz

Segundo o especialista em Cibersegurança da PierSec, Alex Vieira, golpistas precisam de poucos segundos de ligação para captar a voz da vítima e modificá-la artificialmente

Criminosos usam ligação muda para aplicar golpes usando IA que capta voz
Imagem de wayhomestudio no Freepik

Você já deve ter recebido uma ligação de um número desconhecido no meio do dia e, ao atender, notou que não havia resposta do outro lado, nem mesmo ao “alô”. É aí que mora o perigo: segundo um alerta da Polícia Civil de São Paulo, criminosos estão fazendo ligações de curta duração para captar a voz das vítimas, fazer modificações com Inteligência Artificial (IA) e aplicar golpes.

Este tipo de golpe não é novidade, mas ganhou um novo potencial com o uso da Inteligência Artificial. É o que explica o especialista em Cibersegurança da PierSec, Alex Vieira: “Os golpistas fazem o uso de deepfakes, uma técnica que permite alterar um vídeo, foto ou áudio e modificar seu conteúdo ou mensagem. Ou seja, com isso, eles captam a voz da pessoa que atendeu, ainda que ela responda poucas palavras e em poucos segundos, e modificam o conteúdo. A IA então imita a entonação, timbre, as características da voz”, diz.

Com isso, os criminosos podem usar o conteúdo para aplicar golpes de engenharia social nos amigos e familiares da vítima, e até mesmo em desconhecidos. Engenharia social esta, que se caracteriza por manipular pessoas utilizando táticas psicológicas ou explorando vulnerabilidades delas.

Por isso, o especialista recomenda ficar em silêncio ao receber esse tipo de ligação (evitar dizer alô ou sim), bloquear e denunciar o número. E caso caia em um golpe ou seja vítima de um deepfake, registrar um boletim de ocorrência. “Os criminosos podem utilizar até mesmo conteúdo das redes sociais das vítimas, como fotos e vídeos, para treinar a IA, por isso, é preciso cautela com o que compartilha nas redes sociais”, alerta Alex.

Sobre a Alex Vieira 

Alex Vieira é especialista em Cibersegurança e fundador da PierSec. Com 20 anos de experiência nos setores de tecnologia portuária e financeira, é graduado pela Universidade Paulista (UNIP) em Gestão de Tecnologia da Informação, possui especialização em Segurança da Informação e Proteção de Dados pela Universidade Anhembi Morumbi

A PierSec é uma startup fundada em Santos que chega com o propósito de democratizar o acesso à cibersegurança, simplificando a inovação e promovendo um ecossistema corporativo mais seguro e protegido. O empreendimento é uma startup da ZPT Digital, empresa de tecnologia com 27 anos de experiência e atuação em todo o território nacional.

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