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Dicas para negociar dívida: o que levar, o que dizer e o que não aceitar

Uma vida financeira saudável requer o pagamento de todos os débitos, mas, para isso acontecer, é preciso tomar alguns cuidados

Créditos: megaflopp/iStock

Para quem deseja retomar o controle das finanças pessoais, a negociação de dívidas é uma etapa incontornável. Contudo, para que o acordo seja vantajoso, é preciso estar preparado, saber o que deve ser levado, o que dizer e, principalmente, o que evitar.

Como negociar dívidas?

Existem alguns passos que precisam ser avaliados antes de procurar o credor. Os principais são entender o valor total da dívida, conseguir identificar os juros e as taxas, e calcular quanto é possível pagar mensalmente, sem comprometer o orçamento, evitando acordos ruins e trazendo mais segurança financeira.

O indicado é sempre entrar em contato diretamente com a instituição credora, ou usar canais oficiais para negociação. Com isso, é possível conseguir acesso a propostas legítimas para quitação de dívidas, com descontos e condições adequadas. 

O que levar para negociar dívida?

Documentos de identidade, como RG e CPF, e comprovantes de residência e de renda são indispensáveis. Além disso, levar o contrato original da dívida, se possível, pode passar seriedade ao credor, e com isso, aumentar as chances de obter condições mais favoráveis.

O que falar ao negociar uma dívida?

Explicar a situação financeira, de maneira direta e transparente, sempre mostrando disposição para quitar o débito, sem abrir mão de condições adequadas, pode ser o melhor caminho. Fora isso, deixar claro quanto é possível pagar, além de prestar atenção a prazos, juros e descontos, também são pontos essenciais.

De jeito nenhum, a frase “pago qualquer valor” deve ser dita. Isso transmite desespero e pode levar a um acordo injusto. Mostrar boa-fé é bom, mas o ideal é sempre manter uma postura firme e consciente. 

O que não aceitar em um acordo de dívida?

É preciso ter cuidado com negociações que exigem pagamento antecipado antes da formalização, contratos sem detalhamento de juros ou parcelas e cláusulas abusivas. O cliente precisa ter informações claras sobre o valor total da dívida, o número de parcelas e os encargos que serão aplicados antes de aceitar o acordo. 

Portanto, é preciso ler o contrato antes de aceitar os termos da negociação e exigir o comprovante de quitação ao final do pagamento, para evitar dores de cabeça.

Documentos para negociar dívidas

Fora os documentos básicos, usados para identificação e renda, também é recomendado levar cópias de comunicações enviadas pelo credor, boletos, extratos bancários e comprovantes de pagamento. Tudo isso pode ajudar em relação a qualquer dúvida existente sobre valores e cobranças, além de comprovar a boa-fé durante toda a negociação.

Como conseguir um bom acordo de dívida?

A melhor maneira de negociar uma dívida é se informar e comparar as condições ofertadas. Atualmente, existem plataformas com dicas para renegociações seguras que podem ajudar nesta etapa. O preferível é que as propostas tenham parcelas que sejam compatíveis com a renda do negociador e que não comprometam mais do que 30% do orçamento mensal.

Erros comuns ao negociar dívidas

Entre os diversos erros, os mais comuns são aceitar a proposta sem ler o contrato, não pedir comprovante de quitação e assumir parcelas que comprometem o orçamento. Sem contar as negociações em canais não oficiais, o que aumenta significativamente o risco de golpes.

Direitos do consumidor na negociação de dívidas

O consumidor tem direito à informação clara e à revisão de valores, caso sejam identificadas cobranças inadequadas. No caso de abusos, como coação ou ameaças, é possível procurar ajuda em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.

Portanto, negociar uma dívida é um ato de responsabilidade financeira, e deve ser feito com cuidado e sabedoria. O segredo é a calma e a informação, para conseguir transformar uma situação de inadimplência em um recomeço.