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O perigo dos chatbots quando o contato humano vira algoritmo

A automação em excesso ameaça a autenticidade nas relações digitais e acende o alerta sobre o futuro da comunicação entre marcas e pessoas

O perigo dos chatbots quando o contato humano vira algoritmo
Foto de Google DeepMind no Pexels

Basta seguir alguém no Instagram para que uma enxurrada de mensagens automáticas apareça na tela. “Oi, tudo bem? Vi que você me seguiu!” é a saudação-padrão de milhares de robôs disfarçados de gente. O que antes parecia o início de uma conversa genuína virou roteiro programado. A promessa de conexão transformou-se em um fluxo de respostas pré-definidas, criado para engajar, mas raramente para escutar.

O fenômeno dos chatbots, sistemas automáticos que simulam interações humanas, revela uma contradição da era digital. Quanto mais ferramentas surgem para aproximar, mais distante parece ficar a comunicação real. As empresas, na tentativa de atender a todos, acabam substituindo o diálogo pela automação. “Se o conteúdo é pensado para agradar um algoritmo, e a interação é feita por outro, em breve teremos robôs conversando entre si”, comenta Carolina Lara, jornalista e fundadora da Lara Visibilidade Estratégica.

A praticidade da automação trouxe ganhos inegáveis para o atendimento e a produtividade, mas também criou um vácuo de autenticidade. No lugar do olhar atento e da escuta ativa, surgiram mensagens-padrão e respostas instantâneas. O resultado é uma comunicação mais eficiente nos números, mas mais pobre nas relações. “A tecnologia deve apoiar o contato humano, não substituí-lo. Comunicação é sobre pessoas, e pessoas não cabem em scripts”, reforça a especialista em comunicação.

No contraponto à robotização das conversas, a assessoria de imprensa reafirma sua essência como um ofício humano, artesanal e estratégico. O trabalho de relacionar marcas, jornalistas e públicos não se resume a disparos automáticos, mas a construir pontes de confiança. “O assessor de imprensa é quem traduz a mensagem institucional em história. E nenhuma máquina é capaz de reproduzir a sensibilidade de entender o momento certo, o tom certo e o contexto certo para cada pauta”, explica a profissional.

Enquanto os bots tentam “vender conversa”, a assessoria de imprensa trabalha para gerar diálogo real. Cada contato com os jornalistas exige leitura de cenário, empatia e adaptação. É um processo de conexão genuína que ultrapassa a lógica dos cliques. “A notícia não nasce de um gatilho, mas de uma boa história. O jornalismo é o último reduto da comunicação humana em meio à pressa dos algoritmos”, observa Carolina.

O futuro da comunicação, na visão da especialista, passa pelo equilíbrio entre eficiência tecnológica e vínculo humano. “As ferramentas digitais são bem-vindas quando tornam o processo mais ágil, mas não podem substituir a escuta, a empatia e o olhar estratégico. Esses são elementos que pertencem exclusivamente às pessoas”.

No fim, a questão não é usar ou não usar automação, mas lembrar o propósito de comunicar. O público busca menos respostas automáticas e mais presença verdadeira. Porque, entre a conversa de robôs, o que continua fazendo diferença é a voz humana.

 

Sobre a Lara Visibilidade Estratégica

A Lara Visibilidade Estratégica celebra 19 anos de atuação no mercado de assessoria de imprensa, tornando-se referência no setor. Fundada por Carolina Lara, que iniciou sua carreira como repórter de redação, a agência nasceu de sua paixão pela comunicação, descoberta ainda durante seu estágio de três anos na Seicom de São Vicente, no litoral de São Paulo. O diferencial da empresa está em sua atuação personalizada e eficiente ao atender a uma ampla variedade de segmentos.

Atualmente, a agência conta com um portfólio de 56 clientes e segue expandindo sua atuação, sempre focada em entregar valor e impacto midiático. Em 2024, a agência atingiu a marca de R$ 212 milhões em equivalência publicitária, reafirmando seu compromisso com a excelência na comunicação e no fortalecimento da imagem de seus clientes no mercado.

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