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Tecnologia e agilidade salvam vidas: uso de IA faz diferença em casos de AVC

Ferramenta utilizada em hospital de Curitiba agiliza diagnóstico e reduz sequelas da doença

Tecnologia e agilidade salvam vidas: uso de IA faz diferença em casos de AVC
Crédito: Envato

Quando a aposentada Lavinia Virgili, 69 anos, chegou ao Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), ela não tinha consciência do que estava acontecendo. “Eu não lembro direito como cheguei. Dizem que eu estava com os olhos abertos, falava pouco, mas ainda falava. Recebi atendimento muito rápido e isso fez toda a diferença”, recorda.

Lavinia sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. A diferença, no caso dela, foi a velocidade do diagnóstico e do tratamento — fatores fundamentais para a recuperação.

Hoje, pouco tempo depois do episódio, Lavinia leva uma vida ativa: faz fisioterapia e pilates regularmente. “Tive apenas um pouco de dificuldade na mão direita, mas o tratamento foi excelente. Quando cheguei em casa e vi toda a minha família reunida, foi muito emocionante”, relata.

Minutos que salvam cérebros

De acordo com especialistas, a cada minuto perdido em um AVC, cerca de 2 milhões de neurônios morrem. Por isso, o tempo é um fator decisivo.

Para tornar o atendimento mais ágil e preciso, o Hospital São Marcelino Champagnat utiliza uma plataforma de inteligência artificial (IA) denominada RapidAI, uma das ferramentas mais avançadas do mundo para o diagnóstico de AVC isquêmico.

Ela analisa, em poucos minutos, os exames de imagem do cérebro do paciente — como tomografias e ressonâncias — e identifica automaticamente as áreas afetadas pela falta de circulação sanguínea, auxiliando a equipe médica a decidir rapidamente o melhor tratamento: uso de medicações trombolíticas ou intervenção endovascular.

“O RapidAI nos dá informações precisas em tempo real, o que agiliza o diagnóstico e o início do tratamento. Isso aumenta significativamente as chances de recuperação com menos ou até nenhuma sequela”, destaca o neurorradiologista intervencionista do Hospital São Marcelino Champagnat, Gelson Koppe.

O uso da ferramenta de IA integra um conjunto de medidas adotadas pelo hospital para fortalecer a linha completa de cuidado do AVC — desde o atendimento emergencial até a reabilitação. Além da tecnologia, a instituição mantém protocolos que conectam pronto-atendimento, imagem, neurologia e fisioterapia, garantindo que cada segundo seja aproveitado da melhor forma.

“O AVC é uma emergência médica que exige resposta imediata. Quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de o paciente voltar à rotina sem sequelas. A história da dona Lavinia é um exemplo claro disso”, acrescenta Koppe.

Recuperação e esperança

Hoje, Lavinia expressa gratidão pela experiência. “O susto que tive com o AVC mudou muito a minha vida. Procuro cuidar mais da saúde e fazer minhas atividades. Tive sorte de receber um atendimento muito rápido, o que fez toda a diferença”, resume.

O caso evidencia o impacto que a união entre tecnologia, equipe preparada e atendimento humanizado pode ter em situações de emergência.

“Tempo é cérebro”

Reconhecer os sintomas do AVC é essencial para salvar vidas. Entre os principais sinais de alerta estão fraqueza em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou compreender palavras, perda repentina da visão e desvio da boca. Também podem ocorrer tontura, dor de cabeça súbita e intensa, perda de equilíbrio e dormência no rosto, no braço ou na perna. Mesmo que os sintomas desapareçam em poucos minutos, é fundamental buscar atendimento médico imediato, pois o AVC pode evoluir rapidamente e causar sequelas permanentes.

A orientação dos especialistas é clara: “tempo é cérebro”. A cada minuto em que o cérebro fica sem circulação adequada, milhões de neurônios morrem, reduzindo as chances de recuperação. Por isso, qualquer suspeita deve ser tratada como uma emergência — e a agilidade no atendimento é determinante para preservar funções neurológicas e garantir melhores resultados ao paciente.

 

Sobre o Hospital São Marcelino Champagnat

O Hospital São Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia, cirurgia robótica e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).