
Muitos relacionamentos longos enfrentam períodos de distanciamento emocional, e é nesse contexto que a traição no casamento pode surgir. Nem sempre a infidelidade está ligada apenas ao desejo físico; muitas vezes, ela nasce de frustrações silenciosas, falta de reconhecimento ou a sensação de que a conexão afetiva foi se perdendo com o tempo.
Casais que deixam de se comunicar abertamente ou passam a conviver mais como colegas do que como parceiros afetivos criam, sem perceber, um espaço propício para interferências externas. Pequenos vazios afetivos, se ignorados, podem abrir brechas para decisões impulsivas e dolorosas.
O Pai de Santo Roberson Dariel e fundador do Instituto Unieb, comenta que a traição é frequentemente um reflexo de desequilíbrios acumulados e não tratados. “A infidelidade costuma ser consequência de algo que vem se desgastando há muito tempo. Quando a relação perde o cuidado diário, ela também perde proteção”, explica.
Motivos para infidelidade no relacionamento
As causas que levam à infidelidade são variadas, mas muitas delas estão ligadas à insatisfação emocional. Quando um dos parceiros sente que não é ouvido, valorizado ou desejado, pode buscar fora da relação aquilo que deixou de receber dentro dela.
Além disso, questões individuais como baixa autoestima, necessidade de validação e impulsividade também são fatores que aumentam a vulnerabilidade à traição. Nesses casos, a infidelidade não é motivada apenas por problemas conjugais, mas também por conflitos internos que a pessoa não conseguiu resolver.
Outro ponto importante é o desgaste natural provocado pelo tempo. Rotina intensa, estresse e ausência de momentos de conexão entre o casal contribuem para que a relação perca vitalidade. Sem atenção contínua, o vínculo se enfraquece.
“A traição não acontece do dia para a noite. Ela se forma em silêncios, ausências e desconexões que se acumulam. Quem deseja preservar um relacionamento precisa cuidar dele todos os dias, mesmo nas pequenas coisas”, afirma Roberson Dariel.
Estratégias para superar a infidelidade
Superar uma traição exige muito mais do que o desejo de continuar junto. É necessário reconstruir o equilíbrio emocional, olhar para a própria dor com coragem e resgatar a própria identidade, que muitas vezes se perde durante o processo.
O primeiro passo é acolher os sentimentos. Fingir que nada aconteceu ou tentar superar rapidamente pode gerar ainda mais sofrimento. Buscar apoio emocional e espiritual pode ajudar a reorganizar os pensamentos e encontrar respostas mais claras sobre o que fazer.
Em casos em que há envolvimento de terceiros constantes, surge a dúvida sobre como afastar rival. Para Roberson Dariel, o mais importante é cortar os laços energéticos que mantêm essa interferência viva. “Não adianta apenas tirar a pessoa de perto fisicamente. É preciso encerrar a conexão que alimenta esse triângulo, e isso começa com escolhas firmes”, ressalta.
Ele complementa dizendo que, para seguir adiante, é fundamental que quem traiu assuma sua responsabilidade. “Sem verdade, não existe reconciliação. E sem ação, o pedido de perdão vira apenas palavras ao vento”, afirma o Pai de Santo.
Reconstruindo a confiança conjugal
A confiança é a base de qualquer relação estável, e uma vez quebrada, sua reconstrução exige tempo, paciência e disposição real de ambas as partes. Retomar esse elo envolve mais do que promessas; é preciso demonstrar mudança com atitudes consistentes.
Para quem foi traído, a dúvida constante se torna um obstáculo na rotina. O medo de ser enganado novamente interfere nas decisões, nos diálogos e até na intimidade. Reconstruir não é esquecer o que aconteceu, mas aprender a olhar para frente com novos acordos e mais consciência.
Roberson Dariel afirma que o casal precisa redefinir a relação a partir de um novo ponto de partida. “O que existia antes da traição já não volta. Mas algo novo pode nascer, mais verdadeiro e mais forte, se houver entrega dos dois lados”, diz.
Segundo ele, a confiança não se impõe, ela se conquista novamente, dia após dia. “Cada gesto, cada palavra, cada silêncio deve comunicar sinceridade. Só assim a ferida começa a cicatrizar”, conclui o líder do Instituto Unieb.
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