
O novo estudo “DWRI as a New Neurobiological Perspective of Global Intelligence: From Synaptic Connectivity to Subjective Creativity”, publicado recentemente na revista científica IJASRaR, da Suleyman Demirel University, pelo Pós PhD em neurociências e pesquisador luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu Agrela, do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), propõe uma mudança radical no conceito de inteligência.
A pesquisa reapresenta o conceito de DWRI (sigla em inglês para Development of Wide Regions of Intellectual Interference), que sugere que a inteligência não se limita à lógica, memorização ou raciocínio rápido, pilares tradicionais dos testes de QI.
De acordo com o estudo, a verdadeira inteligência está na capacidade do cérebro de integrar, de forma eficiente, diferentes redes neurais que conectam raciocínio lógico, emoção, criatividade, introspecção e cognição social.
“O DWRI representa uma inteligência mais ampla, adaptativa e profundamente humana. Não se mede apenas pelo acerto em testes, mas pela capacidade de pensar, sentir, criar e se adaptar ao ambiente de forma integrada”, explica o autor do estudo.
Por que isso importa agora?
Em um momento em que ferramentas como ChatGPT, Gemini e Sora desafiam os limites da inteligência artificial (IA), a pesquisa reacende uma discussão importante, a inteligência humana não é, e talvez nunca seja, plenamente replicável.
“A IA é ótima em cálculos, respostas rápidas e aprendizado de padrões, mas até as mais desenvolvidas atualmente não têm subjetividade, não sente, não cria com base em emoções ou contexto social. Isso é algo que o modelo DWRI descreve como essencialmente humano”, destaca o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
O cérebro dos superdotados funciona diferente
O estudo também indicou que pessoas com inteligência DWRI possuem cérebros com maior eficiência sináptica, melhor comunicação entre redes neurais e alta capacidade de alternar entre raciocínio lógico e criatividade intuitiva.
Exames de neuroimagem mostram que essas pessoas ativam simultaneamente áreas como:
– Córtex pré-frontal dorsolateral (raciocínio lógico);
– Sistema límbico (emoções);
– Cerebelo (coordenação cognitiva);
– Rede de Modo Padrão (Default Mode Network) (criatividade e imaginação);
– Córtex orbitofrontal e área cingulada anterior (tomada de decisão afetiva e empatia);
Ou seja, o verdadeiro “superpoder” dessas mentes não está apenas em acertar mais, mas em pensar de forma mais complexa, integrando razão, emoção e criatividade.
Fim do QI como conhecemos?
O modelo DWRI não descarta os testes de QI, mas propõe que eles são uma parte limitada da equação.
“Inteligências como a emocional, a criativa e a social não são mensuradas em testes tradicionais. DWRI propõe uma nova forma de olhar para essas competências, de maneira unificada e que também inclui dados neurobiológicos e genéticos”, ressalta o Dr. Fabiano.
Sobre o Dr. Fabiano

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós-PhD em Neurociências, eleito membro da Sigma Xi – The Scientific Research Honor Society (mais de 200 membros da Sigma Xi já receberam o Prêmio Nobel), além de ser membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, da Royal Society of Biology e da The Royal Society of Medicine no Reino Unido, da The European Society of Human Genetics em Vienna, Austria e da APA – American Philosophical Association nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em História e Biologia, também é Tecnólogo em Antropologia e Filosofia, com diversas formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Dr. Fabiano é membro de prestigiadas sociedades de alto QI, incluindo Mensa International, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society e HELLIQ Society High IQ. Ele é autor de mais de 300 estudos científicos e 30 livros. Atualmente, é professor convidado na PUCRS no Brasil, UNIFRANZ na Bolívia e Santander no México. Além disso, atua como Diretor do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito e é o criador do projeto GIP, que estima o QI por meio da análise da inteligência genética.
Dr. Fabiano também possui registro de jornalista, tendo seu nome incluído no livro dos registros de recordes por conquistar quatro recordes, sendo um deles por ser o maior criador de personagens na história da imprensa.