Pular para o conteúdo

Máquinas que planejam dietas? Quais os limites e benefícios da IA

Por Renata Ikeda Machado, fundadora e CEO da Fitlab, startup pioneira no uso da inteligência artificial para planos alimentares

Ilustração de IA representada como um robô pensador refletindo sobre o futuro da humanidade.
Representação da inteligência artificial como uma mente global poderosa — mais rápida e abrangente que qualquer ser humano da história. (Imagem gerada por IA)

 

A inteligência artificial avança e, como tudo que é novidade disruptiva, causa certo estranhamento no começo. Mas estamos superando essa fase, e vendo o potencial que essa nova tecnologia tem para auxiliar a humanidade. Em diversas áreas, a IA demonstra como é possível contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas.

No campo da Nutrição, a IA não veio para substituir o profissional. Ela veio para empoderar o nutricionista — oferecendo mais precisão, agilidade e, acima de tudo, melhores resultados para os pacientes. É exatamente esse o trabalho que realizamos na Fitlab: transformar a tecnologia em uma aliada estratégica do atendimento nutricional, respeitando a individualidade de cada pessoa e reforçando o papel do profissional.

Ao unir algoritmos e ciência nutricional, conseguimos automatizar tarefas, agilizar o cálculo de planos alimentares e facilitar o acompanhamento diário do paciente — sem abrir mão da personalização. O nutricionista define as diretrizes, a linha de raciocínio, e a IA processa as variáveis com agilidade, gerando sugestões altamente assertivas, baseadas no perfil e nas preferências alimentares de cada pessoa.

O ganho não é apenas de tempo. É de qualidade. Com o apoio da tecnologia, o nutricionista consegue dedicar mais atenção à escuta, à orientação e à construção de vínculos. A humanização não é perdida — ela é reforçada. A IA cuida da operação, o profissional cuida da pessoa.

Como toda inovação, disruptiva, a IA fomenta dúvidas, questionamentos, reconfigura as práticas sociais. Exige, portanto, novos tratos e pactos sociais, para que princípios éticos sejam observados tendo em vista os impactos gerados pela inovação propriamente dita. Devemos e estamos atentos quanto a isso.

Os avanços da IA na Nutrição já são observados por centros de referência. O Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) acompanha de perto o avanço dessas tecnologias. Segundo a professora e nutricionista Rosane Pilot Pessa, os benefícios são claros: planos mais personalizados, melhores taxas de adesão e maior capacidade de monitoramento. Os desafios também existem — e devem ser debatidos. Mas o consenso é claro: a IA deve ser vista como apoio, não como ameaça.

Na Fitlab, acreditamos nessa sinergia. Trabalhamos para que nutricionistas tenham mais ferramentas, mais autonomia e mais escala, sem perder aquilo que torna o atendimento verdadeiramente transformador: o olhar humano.

É essa colaboração — entre ciência, tecnologia e empatia — que vai definir o futuro da Nutrição. E, ao que tudo indica, esse futuro já começou.

MAIS INFORMAÇÕES

Sobre Renata Ikeda Machado: linkedin.com
Sobre a Fitlab: fitlab.com.br