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Como definir o preço certo dos imóveis e acelerar a venda

Especialistas alertam que precificação inadequada pode aumentar descontos, prolongar negociações e reduzir o retorno financeiro; métodos técnicos e dados de mercado ajudam a valorizar a propriedade

Créditos: SeventyFour/iStock

Definir o preço ideal para um imóvel é essencial para vender com agilidade e segurança. Dados recentes apontam que muitos imóveis sofrem com sobrepreço, o que impacta diretamente o tempo de venda e a rentabilidade do negócio. 

Para acertar na precificação, é preciso combinar análise técnica, compreensão do mercado e boas fontes de dados, mas nem sempre isso é feito com assertividade.

Como calcular o valor real de um imóvel

Reunir informações sólidas é o ponto de partida para precificar corretamente. Entre os indicadores mais relevantes, destacam-se:

  • Estatísticas de sobrepreço: em 2024, estudo do QuintoAndar revelou que 54% dos imóveis anunciados à venda estavam com preço acima da recomendação da plataforma, com base em metragem, localização, condomínio e IPTU.
  • Impacto em descontos: imóveis sobrevalorizados sofrem descontos até cinco vezes maiores do que aqueles com preço alinhado desde o início da venda.
  • Desajuste regional: um índice da Loft em 2024 mostrou que, em Porto Alegre, bairros como Serraria apresentavam anúncios com preços até 41% acima do recomendado, com média de desvio de 14,45% em toda a cidade.

Estes dados destacam o custo real de errar na precificação e quanto isso pesa no mercado imobiliário. Imóveis anunciados acima do valor recomendado sofrem maiores descontos e podem ficar meses à espera de um comprador, gerando custos adicionais com condomínio, impostos e manutenção, além de comprometer a liquidez do patrimônio do vendedor.

Métodos e ferramentas de precificação

Precificar imóveis envolve combinar qualidade técnica com dados atualizados. Entre os recursos mais utilizados, estão os modelos automatizados de avaliação (AVM), algoritmos que analisam dados de vendas, características do imóvel e histórico de preços, aplicados por corretores e bancos. 

Além disso, indicadores tradicionais como o CUB (Custo Unitário Básico) e o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) ajudam a calcular um preço de venda justo, considerando custos de construção, manutenção e margem de lucro. 

Pesquisas recentes também apontam que tendências de consumo influenciam o valor: segundo estudo da Brain Inteligência Estratégica, em 2025, 40% dos entrevistados estavam dispostos a pagar até 5% a mais por imóveis com características sustentáveis, reforçando a importância de incluir atributos modernos na avaliação.

Vantagens financeiras de precificar o imóvel corretamente

Precificar de forma equilibrada agrega valor, acelera a negociação e reduz custos. Imóveis bem precificados evitam a imobilização prolongada, atraem mais ofertas e reduzem o espaço para grandes descontos, ampliando o retorno financeiro do vendedor. 

Uma pesquisa realizada em Portugal indicou que, no 4º trimestre de 2024, o tempo médio para vender um imóvel foi de apenas 4,75 meses, evidenciando que valores compatíveis com o mercado aceleram a venda. Ao planejar anunciar uma casa à venda, é essencial equilibrar preço e características do imóvel para atender à expectativa do mercado, acelerar a negociação e preservar o valor do patrimônio.

Para evitar erros na precificação de imóveis, é indispensável usar dados concretos sobre sobrepreço e tempo de venda, aplicar modelos automatizados e indicadores técnicos, considerar tendências de consumo como imóveis sustentáveis e manter preços alinhados ao mercado. Com estas estratégias, o vendedor consegue precificar com precisão, acelerar o negócio e proteger seu capital.