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Como fazer o vale-refeição render: estratégias práticas para o benefício durar o mês inteiro

Com o VR acabando em cerca de 11 dias do mês organizar gastos, ajustar hábitos e planejar escolhas se tornou essencial para esticar o benefício até o fim do mês

Créditos: Jordi Salas/iStock

Gerenciar o benefício e economizar no vale-refeição continua sendo um desafio no Brasil. Uma pesquisa nacional divulgada pela Pluxee, em 2024, mostrou que o VR dura, em média, 11 dias por mês – bem abaixo dos cerca de 22 dias úteis.

Outra reportagem, publicada pela Veja, reforçou que, para grande parte dos trabalhadores, o benefício cobre apenas 10 dias de alimentação, o que leva muitos a complementarem com dinheiro próprio.

Segundo a mesma pesquisa da Pluxee, o gasto médio por refeição em 2024 foi de R$ 51,19, sendo que 40% de todas as transações ocorrem no horário de almoço.

Outro estudo, o “+ Valor”, feito pela Ticket, calculou que o valor ideal de VR para cobrir todo o mês seria de R$ 1.135,42, mas a média paga pelas empresas brasileiras é de apenas R$ 540,55. Esses números mostram por que o saldo termina tão rápido. Para contornar essa tendência:

  • compare preços entre restaurantes da região;

  • prefira pratos feitos ou self-service mais baratos;

  • evite compras impulsivas ao longo do dia;

  • leve pequenos lanches de casa para reduzir gastos extras.

O valor médio mensal concedido aos trabalhadores brasileiros em 2024, segundo levantamento da Pluxee citado por diversos veículos, era de R$ 496,83 – o que equivale a cerca de R$ 22,58 por dia. Mas, como cada refeição sai em torno de R$ 51, é natural que o saldo se esgote muito antes. Para equilibrar:

  • faça um limite diário e tente segui-lo com alguma margem;

  • compense dias mais caros com refeições mais econômicas depois;

  • intercale marmitas e refeições fora.

Estratégias para usar o vale-refeição

Uma pesquisa citada pela Confederação Nacional do Transporte mostrou que 52% dos trabalhadores que recebem VR precisam complementar com dinheiro próprio todo mês. Isso evidencia a pressão financeira sobre o benefício. Com isso em mente:

  • planeje onde vai comer antes de sair;

  • evite usar o VR para pequenos lanches fora de hora;

  • ajuste o gasto semanal conforme o saldo diminui.

Onde usar o vale-refeição para economizar

Dados da Fipe, com base em estudos da Associação Brasileira de Benefícios ao Trabalhador, mostram que em 2024 o custo de uma refeição completa variava significativamente entre as capitais, chegando a R$ 62,50 em São Paulo e a R$ 37,70 em Teresina.

Essas diferenças mostram que a escolha do local pode alterar significativamente o gasto mensal.

Aplicativos para controlar gastos com VR

Independentemente do app usado, monitorar o saldo diariamente continua sendo a recomendação principal dos especialistas. Vale lembrar da orientação obrigatória: controlar o saldo do vale-refeição ao longo do mês ajuda a ter uma noção de quanto ainda é possível gastar. Confira ações práticas para o dia a dia:

  • acompanhe o saldo todo dia;

  • anote ou registre os valores de cada refeição;

  • ajuste seu limite semanal conforme perceber o ritmo de gastos.

Como esticar o vale-refeição

Com refeições que custam, em média, mais do que o dobro do crédito diário médio, “esticar o benefício” exige pequenas mudanças, como:

  • levar marmita uma ou duas vezes por semana;

  • fazer escolhas mais leves nos dias de orçamento apertado;

  • alternar restaurantes com faixas de preço diferentes.

Como não gastar tudo rápido

Para evitar que o VR se esgote ainda na primeira quinzena, é importante regular as despesas diariamente, observar os “gastos invisíveis”, como sobremesas, bebidas e lanches, e ajustar os hábitos de consumo mês a mês, com base no próprio histórico de uso.