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BARULHO AUMENTA A CADA DIA E AFETA A SAÚDE AUDITIVA DE MILHÕES DE PESSOAS EM TODO O MUNDO

Neste século 21, o volume dos sons da vida está cada vez maior. Problemas de audição já atingem mais de 360 milhões de indivíduos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Estima-se que 25% da população trabalhadora exposta a ruídos, em todo o mundo, seja afetada pela perda auditiva, em algum grau.

Trabalhadores da construção civil, pilotos e tripulantes de aviões, motoristas, dentistas, cabeleireiros, engenheiros, músicos e produtores musicais são alguns dos profissionais prejudicados com os elevados decibéis dos ruídos do dia a dia. Sem proteção acústica adequada, eles estão sujeitos à perda auditiva já na idade adulta porque as células ciliadas da orelha, responsáveis pela audição, quando morrem, não se regeneram e as pessoas passam a ouvir cada vez menos.

Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE) atinge qualquer pessoa exposta a níveis de som elevados, com frequência. Um dos primeiros sinais de que algo não vai bem pode ser o zumbido. Cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil já sofrem de zumbido e cinco milhões apresentam algum grau de surdez. O excesso de barulho não está somente em alguns ambientes de trabalho. O dano auditivo pode ocorrer ao participarmos de shows e micaretas, principalmente se ficarmos próximo às caixas de som; ao exagerarmos no volume do áudio ao usar fones de ouvido diariamente; em consequência à alta intensidade de ruído durante o disparo de um tiro – para os amantes de clubes de tiro; ao colocarmos a TV em alto volume dentro de casa; e até no estampido dos fogos de artifício.

“Todo trabalhador exposto a altos níveis de ruído em seu local de trabalho deve usar equipamentos de proteção individuais (EPI) adequados, como os protetores auriculares, que podem ser personalizados, de acordo com as medidas do ouvido de cada um. O uso simples desses acessórios já diminui bastante o risco de perda auditiva”, ressalta a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

É fundamental fazer avaliações audiológicas periódicas da audição, como precaução; ou buscar tratamento imediato assim que se percebe que já não escutamos bem. As fonoaudiólogas da Telex, inclusive, realizam check up auditivo gratuito em todas as unidades situadas em cidades de todo o país.

“Ao perderem a audição, as pessoas relatam dificuldades de compreensão da fala do interlocutor; dificuldade de localização e concentração; e até dor de cabeça; tontura e irritabilidade. O zumbido é um dos sintomas da perda auditiva. O barulho perturbador que pode ser tratado com o uso de uma prótese auditiva com recurso especial que suaviza o incômodo, ao mesmo tempo em que trata a perda de audição”, explica a fonoaudióloga.

Sons por todos os lados

Além dos fatores de risco já mencionados, a população ainda convive diariamente com buzinas; carros de som; grito de camelôs; barulho de obras; eletrodomésticos ruidosos – como aspirador de pó, secador de cabelo e liquidificador; pessoas conversando em tom alto; gritaria de crianças; latido de cachorro; telefones e equipamentos eletrônicos. São tantos os sons ao redor que às vezes fica difícil até saber de onde vem cada um. Essa overdose sonora que afeta a todos, voluntária ou involuntariamente, também pode trazer sérios riscos à saúde auditiva.

“A grande preocupação é que a PAINPSE tem efeito cumulativo. Dependendo do volume e do tempo de exposição ao som elevado, além de predisposição genética, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada, ao longo da vida. E as novas gerações serão as maiores vítimas dessa perda precoce de audição, em razão de hábitos ruins, como o uso de fones, boates, música alta nas academias e da vida cada vez mais barulhenta”, alerta a especialista da Telex.

Prevenção

Quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor. “Quando o dano ainda é pequeno, é mais fácil a adaptação aos aparelhos auditivos e o retorno do acesso aos sons acontece mais naturalmente. O problema é que a maioria das pessoas não reconhece que ouve mal. A falta de informação e o preconceito fazem com que a consulta ao médico otorrinolaringologista seja protelada por muitos anos. Quando se procura tratamento, a audição está muito comprometida, o que pode acarretar até problemas cognitivos, com dificuldades no processamento de informações, atenção e raciocínio, por exemplo”, completa Marcella Vidal.

A boa notícia é que, graças aos avanços da tecnologia, os aparelhos auditivos hoje são minúsculos, como os da Telex, garantindo discrição e elegância ao usuário. Por isso, ao desconfiar de dificuldades para ouvir, consulte um especialista para obter um diagnóstico preciso. A partir de exames como a audiometria, é indicado o tratamento mais