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DERMATITE ATÓPICA: DOENÇA AFETA CRIANÇAS NA IDADE ESCOLAR E PODE COMPROMETER APRENDIZAGEM

São Paulo, 17 de setembro de 2020 – O dia 23 de setembro é lembrado como Dia da Conscientização da Dermatite Atópica, doença causada por um desbalanço na resposta imunológica e que afeta de 10% a 20% das crianças em idade escolar, podendo contribuir no comprometimento da aprendizagem, dificuldades sociais, familiares e ainda levar a mudanças de humor e personalidade[i],[ii].

A doença apresenta graus que variam entre leve, moderado e grave. Os casos moderados e graves são os que causam maior impacto físico e emocional para os pacientes, independentemente de sua idade. Tal impacto está relacionado as lesões vísives na pele, como também ao prurido e suas consequências, como distúrbios do sono[iii],[iv],[v],[vi].

Uma pesquisa realizada com pacientes de 5 a 16 anos, de um serviço de Dermatologia da região sul do Brasil, avaliou crianças e adolescentes, sendo que 30% deles possuíam dermatite atópica como diagnóstico nas consultas dermatológicas. Aqueles que possuíam alguma doença crônica, como é o caso dos diagnosticados com a DA, tiveram 2,5 vezes mais a qualidade de vida impactada, sendo a esfera dos sentimentos e das relações pessoais a mais afetada[vii].

“A coceira é o principal sintoma da dermatite atópica. Ela muda a aparência da pele, gerando possíveis transtornos de autoestima, bullying e redução da socialização. Além disso, é extremamente desconfortável, sendo capaz de afetar o sono também dos familiares responsáveis pelas noites da criança”, explica Mayra Ianhez, médica dermatologista e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG). Estudos revelam que distúrbios do sono associados atingem até 60% das crianças com dermatite atópica, chegando a 83% durante as crises da doença[viii].

Pais e cuidadores dessas crianças diagnosticadas com DA também são impactados. A falta de sono que atinge os pais pode até ser comparada com a de familiares de crianças autistas ou que têm convulsões[ix]. Segundo a dermatologista, os pais da criança com dermatite atópica têm sentimentos de exaustão, frustração, desamparo e culpa. Há maior probabilidade de instabilidade no casamento e também no relacionamento com outros entes familiares. “Há um ciclo de consequências para os pais também, pois se ausentam mais do trabalho, têm menos atividades sociais, se estressam mais com o cuidado com a criança e têm mais desafios relacionados à disciplina”, destaca.

Perder a qualidade de sono já é algo esperado para pais de crianças pequenas, mas isso é amplificado quando as mesmas apresentam dermatite atópicaix. O cuidado durante a noite com o filho pode ser bem complexo, ainda que consigam fazê-lo pegar novamente no sono após a crise de pruridoix. Cerca de 41% dos pais disseram continuar acordados mesmo após a criança voltar a dormir, resultando em perda de sono de 1 a 3 horas por noiteix.

A doença e o tratamento

A dermatite atópica é uma doença crônica e com predisposição genética, causada por uma resposta exagerada do sistema imunológico, chamada de Inflamação Tipo 2iii,iv,v. Na prática, o paciente predisposto geneticamente e com fatores ambientais que propiciam a piora da doença – tais como ressecamento da pele e o contato com substâncias irritantes ou alergênicas – ativa uma reação inflamatória [x]

Mais de 50% das crianças afetadas podem ficar livres da doença ao longo do tempo, entretanto, a outra metade pode evoluir com a doença na idade adulta, especialmente para os casos mais graves e se for acompanhada de outras doenças, como a asma e a rinite alérgicax. Para os casos crônicos e recorrentes, esquemas terapêuticos apropriados para a gravidade de cada paciente devem ser seguidos[xi].

O cuidado mais básico e indicado para todos os casos, de leves a graves, é a hidratação da pele. Essa medida simples promove a umidificação da sua camada mais externa estabilizando-a como barreira protetorax. Além das medidas de cuidados básicos, o médico pode ainda receitar tratamentos tópicos ou sistêmicos, incluindo corticoides, fototerapia, imunossupressores e medicamento biológico, conforme a gravidade da doença.

 

Sobre a Sanofi Genzyme

A inovação para a ciência é um dos pilares da Sanofi Genzyme, a unidade de negócios global de doenças de alta complexidade da Sanofi, focada em cinco áreas: doenças raras, esclerose múltipla, oncologia, imunologia e distúrbios raros do sangue.

Dedicada a transformar os novos conhecimentos científicos em soluções para os desafios de saúde, com tratamentos para doenças normalmente difíceis de diagnosticar e caracterizadas como necessidades médicas não atendidas, a Sanofi Genzyme foi a primeira a desenvolver terapia de reposição enzimática para doenças de armazenamento lisossômico (LSDs).

Fundada como Genzyme em Boston (Estados Unidos) em 1981, rapidamente cresceu para se tornar uma das principais empresas de biotecnologia do mundo. A Genzyme tornou-se parte da Sanofi em 2011.

Sobre a Sanofi

A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.

Referências:

[i] Associação de Apoio à Dermatite Atópica. Cartilha À Flor da Pele. Disponível em: https://www.aada.org.br/pdf/aada-flor-da-pele.pdf. Acesso em Agosto, 2020.

[ii] Loney T, Standage M, Lewis S. Psychosocial Effects of Dermatological-related Social Anxiety in a Sample of Acne Patients. J Health Psychol. 2008;13:47-54.

[iii] Eichenfield et al. Guidelines of Care for Atopic Dermatitis. J Am Acad Dermatol. 2014;70(2):338-51.

[v] Gelmetti and Wolleberg. Atopic dermatitis- all you can do from the outside. Br J Dermatol. 2014;170 Suppl 1:19-24.

[vi] National Institutes of Health (NIH). Handout on Health: Atopic Dermatitis (A type of eczema) 2013. Available at: http://www.niams.nih.gov/Health_Info/Atopic_Dermatitis/default.asp. Accessed October 2016.

[vii] Weber MB, Lorenzini D, Reinehr CP, Lovato B. Assessment of the quality of life of pediatric patients at a center of excellence in dermatology in southern Brazil. An Bras Dermatol. 2012;87(5):697-702.

[viii] Na CH, Chung J, Simpson EL. Quality of Life and Disease Impact of Atopic Dermatitis and Psoriasis on Children and Their Families. Children (Basel). 2019;6(12):133.

[ix] Yang EJ, Beck KM, Sekhon S, Bhutani T, Koo J. The impact of pediatric atopic dermatitis on families: A review. Pediatr Dermatol. 2019;36(1):66-71.

[x] Torres T, Ferreira EO, Gonçalo M, Mendes-Bastos P, Selores M, Filipe P. Update on Atopic Dermatitis. Acta Med Port. 2019;32(9):606-613.

[xi] Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-atopica/59/. Acesso em Março, 2020.