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Aos 10 anos, jovem talento do skate feminino brasileiro estreia em Mundiais

Inspirada em Raicca Ventura e em campeã olímpica, Helena Laurino participará do STU Open e do World Skate Games 2022 em outubro

Helena Laurino testa novas manobras antes de encarar mundiais (Crédito: Filipe Foto/Ju Johnsson)

No mês que marca o Dia das Crianças, um dos maiores talentos do skate brasileiro terá desafios de gente grande. Com apenas 10 anos de idade, Helena Laurino estreará em eventos mundiais em outubro diante das melhores skatistas do planeta. O primeiro compromisso já começará nesta segunda-feira (3), quando vai encarar o STU Open, na modalidade skate park e, na sequência, disputará o World Skate Games 2022, na Argentina, na categoria vertical.

“A sensação é de surpresa e alegria ao mesmo tempo. Estou muito feliz e nem acredito que irei participar das maiores competições do park e do vertical do mundo neste ano”, afirma.

Inspirada em Raicca Ventura, Sky Brown, Tony Hawk e na campeã olímpica Sakura Yosozumi, entre outros, Helena começou a andar de skate aos seis anos de idade em um renomado clube esportivo de São Paulo. Já nos treinamentos no Rajas Skate Park, percebeu que competir era o seu sonho. “No half-pipe, eu comecei a andar aos oito anos. E foi amor à primeira vista. Eu sabia desde o começo que iria voar! Comecei a competir no vertical aos 9 anos e, agora com 10, estou indo para o meu primeiro mundial…Nem acredito!”, diz.

A paixão dela por esportes vem desde berço. Seu pai, Cristiano Laurino, é cirurgião-ortopedista e já participou de diversas delegações olímpicas do Brasil no atletismo, sendo ainda proprietário da clínica InSport ao lado de Fabiana Murer. “Ele é meu exemplo de amor ao esporte, sendo disciplinado assim como eu. Hoje, eu posso participar destes eventos até pelo conhecimento que meu pai tem e por cuidar e tratar, sendo médico de muitos atletas profissionais e amadores”, comenta Helena.

Agora, dias antes de estrear em mundiais, Helena quer levar o seu jeito simples e irreverente em cima da prancha com rodinhas para mostrar que o potencial brasileiro no esporte tende a ser ainda maior.

“Quero acertar as minhas linhas e fazer as minhas manobras. O resto é consequência. Eu acho que skatista só deveria pensar em acertar as suas manobras, fazer a sua linha e sair com o skate na mão. Eu sempre entro em uma competição com este pensamento. Meu pai me ensinou que para ser muito boa no esporte que escolhemos precisamos focar em nós mesmos. Pois, quando você é consistente no que faz, o mérito é consequência”, completa.